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ONU condena lançamento norte-coreano

Regime de Kim Jong-un é reprovado por disparo de foguete, e há expectativa de uma nova rodada de sanções ao país

Lançamento havia sido adiado para fim do ano, e ação surpreende; Washington preocupa-se com arsenal nuclear

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A ONU reagiu ontem condenando o lançamento de um foguete norte-coreano como um "ato de provocação", e há expectativa de que o órgão amplie as sanções ao país.

Desafiando a reprovação internacional, a Coreia do Norte lançou ontem um foguete de longo alcance. É o segundo lançamento do tipo desde que Kim Jong-un assumiu o comando do país.

Lee Myung-bak, presidente sul-coreano, organizou um encontro emergencial do conselho de segurança do país, e o ministro das Relações Exteriores sul-coreano disse que a Coreia do Norte irá sofrer "graves consequências".

A mídia estatal norte-coreana afirma que o foguete, que teria colocado em órbita um satélite de previsão do tempo, era do modelo Unha-3.

A comunidade internacional, porém, desconfia que fosse de outro tipo, enquanto os EUA tentam confirmar a órbita do suposto satélite.

O lançamento de ontem foi uma surpresa, após ter sido adiado para 29 de dezembro devido a problemas técnicos.

É uma questão delicada para o regime de Kim, conforme potências internacionais apontam que o país está dando continuidade aos planos de desenvolver a tecnologia necessária para carregar uma ogiva nuclear.

Especialistas em foguetes sugerem que o dispositivo norte-coreano deve ter sido aperfeiçoado após o lançamento de abril, quando destruiu-se logo após lançado.

Segundo o Ministério da Defesa da Coreia do Sul, um destróier detectou o lançamento às 9h51 do horário local (22h51 em Brasília), e o primeiro estágio do foguete caiu no mar um minuto depois.

Em seguida, o foguete foi visto sobrevoando uma ilha sul-coreana, passou a oeste de Okinawa às 9h58 locais e desapareceu dos radares.

Jonathan McDowell, do Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica, diz que o lançamento só poderá ser considerado bem-sucedido quando o satélite completar ao menos uma órbita na Terra.

"Mas evidentemente esse [foguete] é muito mais eficaz que a última tentativa deles. É o melhor que já fizeram."

AMEAÇA

Acredita-se que a Coreia do Norte tenha um pequeno estoque rudimentar de bombas nucleares, mas ainda não possua a tecnologia necessária para colocá-las em ogivas capazes de ameaçar os EUA.

Washington considera a persistente odisseia norte-coreana rumo às armas nucleares e aos mísseis balísticos como uma séria ameaça à paz e segurança mundial.

A tensão é forte também entre as duas Coreias. A península continua tecnicamente em guerra, já que o conflito entre 1950 e 1953 foi encerrado com uma trégua. Os EUA mantêm 30 mil tropas na Coreia do Sul.


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