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País é fator de moderação entre vizinhos do golfo

DO ENVIADO A MASCATE

Uma mistura de Brasil, pela boa relação com os vizinhos, e Suíça, pela política de neutralidade. Com essas credenciais, Omã se destaca como fator de moderação numa região de rivalidades explosivas.

A aptidão do país em navegar por mundos antagônicos tem sido especialmente útil ao permitir um raro canal de diálogo entre o Irã e o Ocidente, em meio à escalada de tensão sobre o programa nuclear persa.

Segundo diplomatas ouvidos pela Folha, Omã tem papel importante em persuadir o Irã a não fechar o estreito de Hormuz, por onde passa cerca de um quinto da produção mundial de petróleo.

A solução de outras crises recentes também teve o dedo de Omã. A última delas foi a libertação de um diplomata iraniano acusado de espionagem após seis anos detido em Londres.

A diplomacia omani também foi crucial na libertação de dois turistas americanos em 2011, que ficaram dois anos presos no Irã, acusados de espionagem.

A composição religiosa também facilita o papel de mediador e diferencia Omã dos demais países árabes do golfo. A maioria dos omanis professa o ibadismo, vertente do islã que não é xiita, majoritária no Irã, nem sunita, como na maioria dos países árabes.

Na guerra civil da Síria, enquanto Arábia Saudita e Qatar tomaram o lado dos rebeldes, abastecendo-os com dinheiro e armas, Omã manteve seu princípio da não intervenção.

Para Mohamed Al Muqaddam, da Universidade Sultão Qaboos, a vocação mediadora vem da ausência de tensões sectárias e do caráter de nação marítima. "Somos como o Brasil, não temos inimigos", sorri.


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