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Japão lança pacote de estímulo à economia

Medidas divulgadas pelo primeiro-ministro Shinzo Abe têm como objetivo elevar crescimento para 2% em 2013

Mercado reage bem a anúncio, mas analistas temem aumento da dívida pública, que já ultrapassa 200% do PIB

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Eleito em dezembro com a promessa de tirar o país da crise, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, anunciou ontem um pacote de estímulo que irá injetar 10,3 trilhões de ienes (cerca de R$ 237,8 bilhões) na economia neste ano. O valor representa cerca de 2% do PIB do país em 2011.

Segundo Abe, os recursos serão destinados para obras de reconstrução da região de Tohoku, atingida por um tsunami em março de 2011, para medidas de estímulo aos investimentos e à inovação, para as áreas de saúde e educação e para a compra de mísseis, aviões e helicópteros para as Forças Armadas.

Como resultado, o governo espera investimentos adicionais de governos locais e da iniciativa privada da ordem de 9,9 trilhões de ienes (R$ 228,6 bilhões). Com isso, projeta a criação de 600 mil novos postos de trabalho e crescimento de 2% neste ano (a projeção do FMI é de 1,2%).

O mercado reagiu bem ao anúncio. A Bolsa de Tóquio teve alta de 1,4% e fechou no nível mais alto em 22 meses. Já o iene se desvalorizou para o patamar mais baixo desde junho de 2010, com a cotação chegando a 89,35 ienes por dólar ao longo do dia.

Ao lado da deflação, a moeda valorizada é apontada como um dos principais entraves ao crescimento japonês, já que prejudica as exportações e freia os investimentos.

Ao anunciar o pacote, Abe voltou a pedir que o Banco Central japonês flexibilize a política monetária para estimular a economia.

Desde a campanha eleitoral, o primeiro-ministro pressiona para que a meta de inflação seja revista de 1% para 2% ao ano, o que exigirá medidas adicionais do Banco do Japão.

Apesar das reações positivas do mercado, alguns analistas demonstraram preocupação com o aumento do endividamento público que será necessário para arcar com o pacote -parte dos recursos virá da emissão de novos títulos do Tesouro.

Atualmente, a dívida japonesa já representa mais do que o dobro do PIB do país.

Abe argumentou que não se pode melhorar a situação fiscal sem que haja crescimento antes.


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