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Ataque a Embaixada dos EUA na Turquia mata ao menos dois
Membro de grupo radical de esquerda detonou bomba no controle de segurança do prédio; um funcionário morreu
Casa Branca considera ação um 'ato de terror'; grupo ao qual pertencia autor está listado pelos EUA entre terroristas
A Embaixada dos Estados Unidos em Ancara, capital da Turquia, foi alvo de um ataque com bomba que deixou ao menos dois mortos -entre eles o autor do atentado- ontem.
A ação suicida, considerada "um ato terrorista" pelos EUA, teria sido cometida, segundo o governo turco, por um militante de um grupo radical de esquerda, o Partido-Frente Revolucionária de Libertação Popular, conhecido como DHKP-C. Nenhum grupo reivindicou o ataque.
"Um ataque suicida com bomba no perímetro de uma embaixada é, por definição, um ato de terror. É um ataque terrorista", disse o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
Os EUA disseram que vão investigar a motivação e não descartam nenhuma hipótese sobre a ação -inclusive a participação de radicais islâmicos. Os cidadãos americanos foram orientados a evitar temporariamente representações diplomáticas no país.
O ataque ocorreu dois dias depois de o regime sírio acusar Israel de atacar um "centro de pesquisa militar" próximo a Damasco. O governo da Síria ameaçou retaliar.
O governo turco identificou o suicida como Ecevit Sanli, 40, que esteve preso entre 1997 e 2002 depois de participar de um ataque contra um quartel.
Ele faria parte do DHKP-C, grupo incluído na lista de organizações terroristas pelos EUA. Militantes de esquerda têm se oposto à instalação de mísseis da Otan (aliança militar ocidental) na fronteira turca com a Síria.
DESTRUIÇÃO
O ataque ocorreu por volta das 13h15 (hora local) na entrada da embaixada que dá acesso à seção consular. Sanli teria detonado a bomba pouco antes de passar pelo detector de metais.
A explosão destruiu parte do prédio que era destinado ao controle de segurança, mas o edifício principal da embaixada não foi atingido.
O segurança turco Mustafa Akarsu, 47, morreu no ataque e ao menos uma pessoa ficou seriamente ferida -a jornalista turca Didem Tuncay, 39, que iria se encontrar com o embaixador americano, Francis J. Ricciardone Jr..
"Esse incidente mostra que precisamos lutar juntos em qualquer lugar do mundo contra esses elementos terroristas", disse o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan.