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Egito escolhe líder islâmico supremo à revelia de Mursi

Clérigos ignoram preferência do partido do presidente e escolhem acadêmico apolítico

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os principais clérigos muçulmanos da Al Azhar, a instituição religiosa mais importante do Egito, ignoraram a preferência da Irmandade Muçulmana, partido do presidente Mohamed Mursi, e escolheram um professor de direito islâmico para ocupar o cargo de mufti -líder islâmico supremo do país.

Shawki Ibrahim Abdel-Karim, professor da Universidade Tanta considerado apolítico, recebeu o maior número de votos, e a decisão foi enviada ao presidente Mursi, que deve referendá-la nos próximos dias.

A escolha contrapôs a preferência da Irmandade Muçulmana, que pretendia indicar Abdul Rahman Al Bar, 50, que há 30 anos integra o grupo islamista conservador.

Mursi e a Irmandade Muçulmana foram criticados pela oposição, que os acusava de buscar o controle de todas as instituições do país.

Antes, a escolha do mufti era feita pelo presidente. Com a derrubada do ditador Hosni Mubarak, que completou dois anos ontem, a junta militar que comandou o país antes da eleição de Mursi instituiu novas regras.

O mufti faz sermões televisionados nos principais feriados muçulmanos e tem o poder de rejeitar ou respaldar decisões judiciais, de acordo com a sua interpretação da sharia (a lei islâmica).

Abdel-Karim será o 19º mufti do Egito, substituindo o moderado Ali Gomaa, que esteve na função durante oito anos.

PROTESTOS

Milhares de manifestantes protestaram ontem contra o presidente Mursi e a Irmandade Muçulmana no segundo aniversário da queda de Mubarak. As manifestações ocorreram na praça Tahir, no Cairo, epicentro dos protestos durante a Primavera Árabe.


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