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Análise

País pode se desintegrar e virar uma colcha de retalhos

DAVID GARDNER DO "FINANCIAL TIMES", EM BEIRUTE

Depois que as fragmentadas forças rebeldes da Síria se uniram, no final do ano passado, com a formação da Coalizão Nacional, a suposição era que os mais de cem países que reconheceram a organização como representante legítima do povo sírio fariam muito mais para ajudar a oposição a derrubar o regime de Bashar Assad.

Em lugar, disso, os Estados Unidos e a União Europeia, que serviram como principais parteiros na criação de uma nova oposição síria -que teria papel tanto militar quanto político-, parecem ter a vontade necessária a desejar os fins, mas sem a vontade necessária a fornecer meios.

Tanto um quanto o outro, até o momento, não se dispuseram a fornecer às unidades convencionais das forças rebeldes o armamento antitanque e antiaéreo de que necessitam para reduzir a superioridade militar do regime de Assad, por medo de que, no futuro, essas armas venham a ser utilizadas contra alvos ocidentais.

Diante do impasse dinâmico que existe no momento -com o governo de Bashar Assad incapaz de retomar o controle do país e as forças rebeldes ascendentes, mas ainda descoordenadas a ponto de parecerem incapazes de desalojá-lo-, a Síria está se desintegrando.

Pode em breve se dissolver em uma colcha de retalhos de gangues armadas, jihadistas descontrolados e líderes regionais de forças irregulares. A Síria só poderá ser reconstruída com base em acordos.

O paradoxo é que estes podem em breve se tornar impossíveis, a menos que as forças mais dispostas a aceitar um acordo recebam os meios de que necessitam para forçar sua aceitação.


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