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Opinião

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Painel do Leitor

O "Painel do Leitor" recebe colaborações por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al.Barão de Limeira, 425, 4º andar, São Paulo-SP, CEP 01202-900). As mensagens devem ser concisas e conter nome completo, endereço e telefone. A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

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Mensalão
Paradoxalmente, apesar da grita, a prisão imediata de José Dirceu, com o "fatiamento" da execução da sentença, só o beneficiou. Se os embargos infringentes demorarem um ano para serem julgados e o STF absolvê-lo do crime de formação de quadrilha ou reduzir a sua pena para um ano, com o desconto da pena já cumprida e com o acréscimo da remição pelo trabalho ou estudo, muito provavelmente continuará no semiaberto, evitando assim o regime fechado e podendo sair para trabalhar. Como se diz casualmente, "tá no lucro".
ROBERTO DELMANTO JUNIOR, Conselheiro da OAB/SP (São Paulo, SP)

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No julgamento do caso do mensalão, ficou evidente a necessidade de melhoria de dois pontos nos métodos da corrupção: 1) O valor da ética entre os criminosos. Acredito que os futuros donos do poder não mais atraiçoarão os companheiros, evitando assim delações, como a de Roberto Jefferson; 2) não mais comprarão políticos ou partidos com dinheiro vivo, pois é muito rastreável, e se manterão na tradicional forma de pagamento que é a distribuição de cargos e ministérios, usada desde os tempos do Império.
EDUARDO FRANCO VAZ (Campinas, SP)

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Engraçado como só após as prisões de grandes figurões da política é que as autoridades perceberam que as condições dos presídios brasileiros são degradantes e que não há vagas suficientes nos regimes aberto e semiaberto. Essa constatação, por mais óbvia que possa ser, parece ter chegado aos olhos de nossos governantes somente agora. Em suma, pode-se destacar que essa situação é mais um ponto positivo do julgamento do mensalão.
GABRIEL HENRIQUE SANTORO (São Paulo, SP)

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A auspiciosa notícia de que o mensalão tucano finalmente poderá ser julgado em 2014 suscitou-me alguns questionamentos: ele já chegará ao STF julgado pela grande imprensa como foi o do PT? Essa mesma imprensa irá dar o destaque que deu ao julgamento do PT? Se os réus forem considerados culpados, receberão manchete com letras garrafais nos jornais? Ainda, se culpados, o ministro Joaquim Barbosa, se estiver exercendo a presidência do STF, irá escolher uma data significativa para determinar a prisão dos réus? Aguardemos.
BENJAMIN EURICO MALUCELLI (Santos, SP)

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Não dou muito tempo para que se acredite nessa bravata que Dirceu, Genoino e Delúbio (com a ajuda do PT e de sua máquina) andam alardeando, de que eles são presos políticos. Num país onde uma grande maioria infelizmente não teve acesso à educação e confunde alhos com bugalhos, eles serão absolvidos e tratados como mártires.
NUNO MARTINS (Barueri, SP)

Mensalão tucano
A respeito da citação do meu nome no texto "Mensalão tucano fica para início de 2014" ("Poder", ontem) esclareço que não fui "coordenador da campanha" de reeleição de Eduardo Azeredo em 1998. Deixei a Secretaria de Planejamento em março daquele ano para me dedicar à campanha para deputado federal na qual visitei 150 cidades e fui eleito com a quinta maior votação da bancada mineira. Diversas testemunhas já depuseram e confirmaram que não fui coordenador, inclusive os próprios coordenadores e o candidato. Ao completar 70 anos, em novembro de 2012, fui beneficiado pela chamada "extinção da punibilidade".
WALFRIDO MARES GUIA, empresário (Belo Horizonte, MG)

RESPOSTA DA JORNALISTA THAIS BILENKY - O Ministério Público Federal sustenta no processo que Mares Guia foi um dos coordenadores da campanha de Azeredo e atribui a ele a autoria de um manuscrito com estimativas dos gastos da campanha. A Justiça ainda não se pronunciou sobre esse ponto.

Mais Médicos
Depois de ler o excelente artigo de Rogério Cezar de Cerqueira Leite ("O peixe Nemo e o Mais Médicos", Tendências/Debates, ontem), aguardo ansiosamente uma resposta de associações médicas que se opõem ao programa Mais Médicos. Nela, terão a oportunidade de explicar por que não adotam o mesmo rigor contra laboratórios que, financiando passagens, estadias e participações em conferências, estabelecem com profissionais de medicina a relação simbiótica denunciada por Cerqueira Leite.
IZILDO CORRÊA LEITE (Vitória, ES)

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Como se não bastasse o PT, agora somos detratados pelo físico Rogério Cezar de Cerqueira Leite, que nos acusa de compadrio com os laboratórios de medicamentos. Desinformado, desconhece que partiu do próprio Conselho Federal de Medicina (CFM) e dos Conselhos Regionais, em colaboração com a Anvisa, todo um capítulo do Código de Ética Médica em vigor, proibindo que o médico aceite qualquer ajuda financeira de laboratórios. Cerqueira Leite deveria minimamente se informar melhor antes de atacar uma categoria profissional que tanto tem feito pelos pacientes despossuídos.
PAULO SERGIO VARGAS WERNECK, médico e ex-conselheiro do Cremesp (Taubaté, SP)

Judaísmo
Sobre a coluna "Não matarás?", de Hélio Schwartsman ("Opinião", 17/11), informo que, na Bíblia judaica, simplesmente não existem "Dez Mandamentos" e, muito menos, o de "Não matarás". Existem, sim, "Dez Dizeres", sendo que um deles é "Não assassinarás", ou seja, "Não matarás de maneira ilegal".
Esses erros de tradução acabaram introjetando no humanismo laico e na jurisprudência ocidental moderna verdadeiras aberrações da lógica, segundo as quais bandidos da pior espécie acabam tendo mais direitos do que pessoas de bem.
ZALMAN GIFT (São Paulo, SP)

RESPOSTA DO COLUNISTA HÉLIO SCHWARTSMAN - A palavra usada para traduzir é irrelevante. O problema concreto é que, a crer na Torá, às vezes Deus quer que tiremos a vida de outra pessoa e, às vezes, nos proíbe de fazê-lo. A interpretação é sempre necessária.


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