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Golpe e ditadura
É no mínimo curioso observar personagens que, no passado, combateram o regime militar brasileiro e, tempos depois, chegaram ao poder ("Tudo sobre/A ditadura militar", ontem).
Na ocasião, lutaram contra um regime autoritário e que almejava a permanência eterna no comando do país. Muitos desses idealistas, quando assumiram, também se preocuparam mais em permanecer lá --seja pela reeleição ou pelo mensalão-- do que em ajudar quem os elegeu.
André Pedreschi Aluisi (Rio Claro, SP)
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Nada justifica os crimes cometidos pela ditadura militar e é necessário que sejam investigados.
Mas também é necessário descobrir e divulgar os crimes dos que lutavam contra o regime.
Esses grupos armados eram formados por quem tinha como objetivo não a redemocratização, mas a instalação de uma ditadura comunista no país.
Enquanto os erros dos grupos de esquerda não forem devidamente investigados e propagados, a Comissão da Verdade deveria ser chamada de "comissão da meia verdade".
Carlos Augusto Rogério (Braço do Norte, SC)
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A concomitante ocorrência de passeatas de sentidos opostos no mesmo dia mostra, mais que a falta de rumo de nossa sociedade, a perigosa repetição do caldo de cultura que culminou no golpe de 1964, cuja base foi a insatisfação e um horizonte turvo.
O ambiente é propício a radicalismos que tentam ser justificados por um ou outro lado. A ditadura creditando aos mortos e desaparecidos o preço do "desenvolvimento econômico", tal como hoje se tolera baderna como direito de opinião.
Manoel Ildefonso Paz Landim (Jales, SP)
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Fala-se sobre o golpe militar como se ele tivesse vindo do nada. Seus antecedentes são omitidos: inflação descontrolada, racionamento de energia, greves diárias, subversão da hierarquia militar, falta de autoridade.
Havia três conspirações em marcha: a de Goulart com os sindicatos; a de Leonel Brizola; e a dos comunistas com as ligas camponesas de Francisco Julião.
A partir do fim de 1963, os militares começaram a conspirar como reação a tudo aquilo.
Todas as conspirações terminariam em golpe e qualquer deles resultaria em algum tipo de ditadura. Os militares se anteciparam e impuseram a sua.
Roberto Doglia Azambuja (Brasília, DF)
Petrobras
Manter a Petrobras é um desserviço ao país. Pagamos, talvez, a gasolina mais cara do mundo, com um detalhe: ela não é pura e tem 30% de álcool. Essa empresa é devedora de impostos e antro de corrupção e nepotismo. É salutar para todos que ela seja privatizada ou, melhor ainda, dada de presente, pois deixando de ser estatal já dará lucro ao país.
Braz Ferraz Carlomanho (Piracicaba, SP)
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Graças ao desgoverno do PT, a Petrobras, que sempre foi orgulho do Brasil, navega perigosamente rumo a águas profundas, não do pré-sal, mas da pré-falência, atolada em prejuízos e graves denúncias de maracutaias.
Na época de Collor, os petistas se diziam paladinos da ética e da honestidade e juravam que, se chegassem ao poder, nunca roubariam ou deixariam roubar.
Mauro Borges, presidente do Conseg, Conselho de Segurança, do 21º DP (São Paulo, SP)
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Muito esquisita a veemente defesa desenvolvida por Janio de Freitas na coluna "Mistérios do futuro" ("Poder", ontem).
Ele aceita as críticas administrativas ou políticas, mas enaltece a conduta ética da presidente.
Ora, que ética é essa que nomeia companheiros despreparados para cargos-chave, faz barganhas políticas por meio da nomeação de ministros, cerca-se de políticos reconhecidamente corruptos, remete dinheiro para Cuba por meio do "Mais Médicos", dá apoio a ditaduras como a da Venezuela, não mede gastos pessoais com hotéis e restaurantes?
Abdias Ferreira Filho (São Paulo, SP)
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Diferentemente da grande maioria, o mestre Janio de Freitas demonstra sua visão privilegiada ao diagnosticar as qualidades intrínsecas da presidente Dilma e sua rapidez em dar resposta sem precisar mandar recados. No caso da Petrobras, foi corajosa e séria com o cargo que ocupa.
Marcos Barbosa (Casa Branca, SP)
Mais Médicos
A caixa-preta do Mais Médicos vai revelando aos poucos as irregularidades praticadas por um governo irresponsável e autoritário, que desafia e atropela quaisquer opiniões, normas ou até leis que não estejam de acordo com suas ambições. A última é a admissão de formados sem habilitação vindos da Venezuela ("Mais Médicos contrata 41 em situação não regularizada", "Cotidiano", ontem).
Antonio Carlos Gomes da Silva, ex-Superintendente do Hospital das Clínicas de São Paulo (São Paulo, SP)
Copa
Que vergonha senti ao ler a reportagem sobre as dicas da Fifa para turistas estrangeiros ("Ooops, foi mal", "Esporte", 22/3). Mas, aqui entre nós, foi dita alguma mentira?
Rubens Sayegh (São Paulo, SP)
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A Fifa se desculpar foi uma tolice tão grande quanto seria um brasileiro sensato se ofender.
Maíra Eugênia C. Capellini (Bertioga, SP)
Empreiteira
Sobre a reportagem "Doleiro preso pela PF afirma que recebeu 12 mi' de empreiteira" ("Poder", 22/3), o Ministério da Integração Nacional informa que não possui contratos com o Consórcio CNCC, tampouco com a Sanko.
Cecilia Mantovan, Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Integração Nacional (Brasília, DF)
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