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Opinião

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Painel do Leitor

A seção recebe mensagens por e-mail (leitor@uol.com.br), fax (0/xx/11/3223-1644) e correio (al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900). A Folha se reserva o direito de publicar trechos.

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Golpe e ditadura
O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) se jacta de, sozinho, causar "pavor à esquerda a ponto de lhe cassar a palavra da tribuna da Câmara" ("Censura escancarada", Tendências/Debates, ontem). Esclareço que o plenário que lhe virou as costas na sessão solene de repúdio à censura e à tortura que ele elogiaria ficou em silêncio e assim permaneceria se ele fizesse seus habituais louvores à ditadura, indicado que foi por seu partido para tanto. A sessão foi encerrada por decisão do deputado Amir Lando (PMDB-RO), que a presidia. Nosso gesto, em respeito às vítimas do regime de terror, foi sereno e simbólico: é nosso dever dar as costas ao obscurantismo. Isso não impede ninguém de falar no Parlamento, mesmo para exaltar o regime que o fechou por três vezes.
CHICO ALENCAR, deputado federal pelo PSOL-RJ (Brasília, DF)

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O artigo de Bolsonaro é excelente. Escutamos hoje uma cantilena de que jovens idealistas foram massacrados ao defender a democracia. Mentira. Os militares estavam reagindo a uma ação comandada e financiada por um governo estrangeiro. Se Fidel Castro não tivesse se metido a "evangelizar" o Brasil, o regime de 1964 teria acabado, pelo menos, 15 anos antes. E ainda ficam alguns artistas a enaltecer esse ditador sanguinário, responsável por tanta desgraça, inclusive no Brasil.
ANTONIO SÉRGIO C. SALLES (Rio de Janeiro, RJ)

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Gostei da referência à ditadura cubana feita pela psicanalista Maria Rita Kehl (Painel do Leitor, ontem). A queda de Fidel Castro deve ser o foco principal de qualquer luta por direitos humanos na América Latina. É importante lembrar que tal regime mandou tropas para interferir e ocupar outros países e assassinou mais cidadãos do que a ditadura brasileira, ao considerarmos o tamanho da cada população. É verdade que reduziu a desigualdade em Cuba, calando a boca de seu povo e reduzindo seu salário a um nível baixíssimo.
CARLOS EDUARDO CUNHA (São Paulo, SP)

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Querer comparar ditaduras é sinal de desequilíbrio moral. Uma vida é uma vida em qualquer ditadura. Esse desequilíbrio ocorre por conta do malabarismo retórico de fundo ideológico que Maria Rita Kehl faz dos fatos históricos.
PAULO BOCCATO (Taquaritinga, SP)

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Decorridos 50 anos do golpe militar, fico comovido em ver que inflamados artigos de repúdio ao regime sejam, muitas vezes, escritos ou patrocinados por notórios admiradores das ditaduras cubana e da Coreia do Norte. Tratam-se de "intelectuais" cuja ética e moralidade são flexíveis: dependendo da ditadura podem ser contra ou a favor.
LUCIANO AMARAL, advogado (São Paulo, SP)

Petrobras
A Petrobras é a bandeira dos nacionalistas. Sempre escutei que a estatal era intocável. Hoje isso é discutível, pois até vergamos com a invasão de suas instalações na Bolívia durante a era Lula. Ela é nosso orgulho, chafurdada ou não por desmandos e superfaturamentos. Surpreende o calar dos protestos que faziam coro nas ruas. É triste saber que o valor de mercado da empresa, que já a fez ser a 12ª maior do mundo, caiu para o 120º lugar.
PAULO MARIA DE ARAGÃO, advogado e professor (Fortaleza, CE)

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É de uma indecência e de um cinismo sem tamanho delegar à Comissão de Constituição e Justiça do Senado a decisão sobre a instalação da CPI da Petrobras. Só pode acabar em pizza!
CONRADO DE PAULO (Bragança Paulista, SP)

Cesárea
Sobre a cesárea forçada ("Meu parto foi roubado', diz mãe forçada a fazer cesárea", "Cotidiano", ontem), é lamentável que pessoas sem experiência em obstetrícia deem opinião na conduta a ser seguida. Seria suficiente a apresentação pélvica do feto [quando ele está "sentado" sobre a região pélvica da mãe], com peso razoável, para indicar a cesariana. Além disso, a parturiente estava no limite do pós-datismo [gestação prolongada] e tinha duas cesáreas anteriores. A indicação da médica do hospital da cidade de Torres (RS) foi absolutamente correta visando a saúde do binômio feto-mãe.
WALDEMAR KOGOS, ginecologista, obstetra e professor da Escola Paulista de Medicina (São Paulo, SP)

Direitos da mulher
Parece normal dizer que é deselegante uma mulher vestir algo que beire a vulgaridade. O que não se pode admitir é que o pensamento machista impetrado, inclusive dentre as mulheres, atribua ao homem o status de vítima, como se ele não pudesse controlar seus instintos porque a "presa" está ali "dando sopa".
RODRIGO SILVA, professor de português e literatura (Curitiba, PR)

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As pessoas julgam a partir de um conceito de decência criado na Idade da Pedra e classificam o caráter alheio pela vestimenta. Nenhuma mulher usa roupa curta em busca de ser estuprada. A malícia está nos olhos de quem vê.
ZÍBIA MALTA (São Paulo, SP)

Abastecimento de água
Há anos a Sabesp sabe que falta água no sistema Cantareira, mas a Cetesb (Companhia Ambiental de São Paulo) e o extinto Deprn (Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais) continuaram a licenciar obras com desmatamento, o governo federal diminuiu as áreas de preservação de topos de morro no novo Código Florestal, e agora faltará água na Copa do Mundo. Fazer o quê?
MARIANA CASTANHEIRA GRIMALDI, engenheira agrônoma (São Paulo, SP)


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