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Sucessão presidencial
A pesquisa Datafolha divulgada ontem aponta que 63% dos eleitores dizem que Dilma Rousseff fez menos do que podia. Essa é a tendência, já que existe um processo de conscientização de que a economia está se deteriorando. Usar o represamento de tarifas públicas e intervenção no câmbio para segurar a inflação pode ser um tiro no pé, já que tais medidas tendem a agravar ainda mais o quadro macroeconômico.
JOSÉ OSVALDO G. ANDRADE (Belo Horizonte, MG)
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Pesquisa de intenção de voto nesse momento não quer dizer nada. A Folha e seus colunistas sabem disso. Não sei por que comentar um tema que, para os eleitores, ainda nem entrou em pauta, a não ser que seja para criar um sopro de esperança contra a reeleição de Dilma Rousseff.
MARA CHAGAS (São Paulo, SP)
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O PT não tem outra solução a não ser deixar a oposição vencer as eleições para corrigir todos os problemas criados por Dilma e depois voltar com Lula em 2018.
GERALDO SIFFERT JR., médico (Rio de Janeiro, RJ)
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É alarmante o dado que indica 20% de intenção de votos brancos ou nulos para as eleições presidenciais. Essa porcentagem representa eleitores insatisfeitos e descrentes. Evidencia, entretanto, um entendimento equivocado acerca do "voto de protesto". Para que seja de protesto, o eleitor deve dar seu voto a um candidato que enfrente o sistema posto.
FELIPE ASSIS NAKAMOTO (Altinópolis, SP)
Pets
Em "De homens e cães" (Tendências/Debates, ontem), Dagmar Zibas deu início a um importante debate, a alienação de pessoas em volta de cães e outros animais. Além de reduzirem os "pais" dos pets a reféns, também os tornam sociopatas e pessoas com graves distúrbios que os separam de seus semelhantes. Animais devem ter seu curso evolutivo próprio, não serem "filhos".
LUIZ CLAUDIO FERREIRA SANTOS (Marília, SP)
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Dagmar Zibas ignorou em seu artigo as pesquisas sobre os benefícios do convívio próximo entre cão e dono. Grandes hospitais de São Paulo permitem a visita dos cachorros aos donos internados. Os cães fazem bem aos doentes.
MAISA FABRI MAZZA, médica (São Paulo, SP)
Violência em SP
A reportagem "Crimes crescem em SP, mas efetivo das polícias encolhe" ("Cotidiano", ontem) não apresenta dados importantes como as contratações anunciadas para as polícias Civil, Militar e Científica --de 10.594 profissionais--, que são as maiores da história e vão quase permitir zerar os deficits apontados pelo jornal. As reformulações das polícias permitiram a colocação de mais 11 mil policiais nas ruas, que deixaram funções como de agentes de escolta e vigilância de presos e serviços administrativos. Além disso, o governo instituiu para a Polícia Militar a diária extraordinária, que, na semana passada, colocou mil PMs a mais por dia nas ruas.
LUCAS TAVARES, coordenador de comunicação da Secretaria da Segurança Pública de SP (São Paulo, SP)
Ipea
Marcelo Néri, presidente do Ipea, tenta minimizar o erro do instituto na pesquisa sobre violência sexual contra mulheres. Mas, pelo que a antropóloga Alba Zaluar alerta ("Reação consciente", Tendências/Debates, 5/4), a própria metodologia adotada já é inadequada quando o pesquisador induz o entrevistado a dar essa ou aquela resposta. Um dos "inventores" de uma nova classe média, Marcelo Néri seria supercampeão em jogos de palavras.
ANTONIO FRANCISCO DA SILVA (Rio de Janeiro, RJ)
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Sim, foi um grande erro do Ipea. Vindo de um instituto respeitado, trocar 26% por 65% é grave. Ainda mais se considerarmos a enorme repercussão causada. Mas, se há males que vem para o bem, esse foi um deles. Despertou o país para o debate de um problema sério. Convenhamos que ainda é de um machismo absurdo 26% dos entrevistados acharem que mulheres que usam roupas que mostram o corpo merecem ser atacadas.
LUIZ ROCHA, professor (Guarulhos, SP)
Abastecimento de água
A lição que tiramos da seca fora de hora em São Paulo é a importância de aumentar a segurança hídrica dos sistemas produtores. É preciso repensar nossa matriz hídrica de forma inteligente, incluindo fontes não tão óbvias, como as águas subterrâneas e as de reuso. Ademais, devemos ver que a produção de água não deve ser uma exclusividade de uma concessionária e que as águas subterrâneas de poços privados podem ter um papel importante em todas as épocas, mas, sobretudo, na estiagem.
RICARDO HIRATA, diretor do Centro de Pesquisas de Águas Subterrâneas e professor do Instituto de Geociências da USP (São Paulo, SP)
Paulo Skaf
É inacreditável que o presidente da Fiesp, santuário da iniciativa privada, critique uma empresa [Sabesp], com ações listadas em Bolsa, por pagar dividendos a seus acionistas e no valor mínimo exigido por essas instituições. Criticar empresas abertas por pagar dividendos ou é ignorância dos princípios elementares que regem o mercado de capitais, ou é demagogia e má-fé. Ainda por cima, no artigo "São Pedro é inocente" (Tendências/Debates, 4/3), Skaf nega que estejamos com pouca chuva. Vejam o que a ambição por um cargo público pode fazer com as pessoas.
ANDRÉ FRANCO MONTORO FILHO, presidente do Conselho Fiscal do PSDB-SP (São Paulo, SP)
Design de interiores
Sobre o texto "Reforma passa a ter regras e novos custos" ("Imóveis", 23/3), é importante lembrar que a norma técnica NBR 16.280, da ABNT, ignora o designer de interiores e seu diploma certificado pelo MEC. Esse profissional tem conhecimento técnico para realizar inúmeras alterações em um imóvel, exceto quando acontece alguma mudança estrutural. O texto não esclarece que, por se tratar de uma norma, não de uma lei, a falta de fiscalização irá perpetuar e os altos custos contribuirão com o aumento das reformas sem acompanhamento profissional, o que não aumentará a segurança das edificações.
ANDRÉA SÁBBATO, designer de interiores (São Paulo, SP)
