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Carlos Heitor Cony

Foi pênalti

RIO DE JANEIRO - Em menos de uma semana, pela segunda vez, em meu combalido currículo de cronista, usarei a palavra "pífio" para designar o jogo do Brasil contra a Croácia. Dele, só lembrarei a extraordinária atuação de Oscar e o pênalti sofrido por Fred. A maioria dos torcedores brasileiros decretou que não houve falta, menos o juiz. E eu.

Vi em câmara lenta pela televisão e por fotos em vários jornais, o discutido lance que afinal consolidou a vitória do Brasil.

Um jogador croata agarrou o nosso atacante não pela camisa, mas pela axila de Fred, num momento em que ele tentava sua jogada tradicional. Dentro da pequena área, de costas para o goleiro croata, deitado no chão, empurra a bola para a rede.

Foi assim num gol contra a Espanha, na Copa das Confederações, e contra a Sérvia, por sinal o único gol do Brasil naquele amistoso.

Além de ter sido travado (teve a sua camisa quase rasgada), havia mais dois adversários, um deles com o bico da chuteira levantado até a altura do joelho do nosso atacante.

No lance seguinte, um deles derrubou o nosso artilheiro.

Um ministro do STF, Gilmar Mendes, comentando a jogada, considerou Fred como um artista, dada a perfeição com que ele catimbou o pênalti, enganando o próprio juiz que por sinal estava perto.

Neymar converteu a falta, matando a possibilidade de qualquer reação da Croácia. A mesma dupla (Neymar e Fred) foi decisiva na vitória do amistoso com a Sérvia.

Saindo do assunto, vi pela TV a vitória da Itália contra a Inglaterra. Pode-se dizer que foi o melhor jogo deste início de Copa do Mundo. Dois pesos pesados, já consagrados em Mundiais anteriores.

Qualquer um deles ganharia da seleção brasileira --a menos que, como querem os piedosos pastores das TVs evangélicas, gritem com devoção: "Jesus salva!"


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