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Oriente Médio
Oded Grajew prega que a paz no Oriente Médio só é possível se Israel, por ser o país mais rico e forte, promovê-la ("A responsabilidade de Israel", Tendências/Debates, 11/8). Tal postura ideológica está de acordo com o escrito no frontispício do Palácio da Paz em Haia, sede do Tribunal Internacional de Justiça: "Si vis pacem, cole justitiam" (Se quiser a paz, cuida da justiça). Esta frase é uma alteração consciente da máxima do Império Romano: "Si vis pacem, para bellum" (Se quiser a paz, prepara a guerra). E isso porque, como demonstra a história de todos os povos, o conflito armado só traz desgraças para os dois lados. Somente a prática da justiça social, pela luta contra qualquer forma de egoísmo, pode evitar a violência nacional ou internacional.
SALVATORE D' ONOFRIO, professor titular pela Unesp (São José do Rio Preto, SP)
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Fiquei espantada ao ler o que o senhor Oded, que sempre me pareceu politicamente corretíssimo, escreveu quando analisou Israel perante o mundo. Toda comparação necessita de parâmetros. Mas quando a comparação é com um grupo terrorista, como é o Hamas, não há parâmetros. Assim, não se pode falar de responsabilidade de um Estado e sim da irresponsabilidade de um grupo, que coloca como barreira e seus escudos os civis palestinos. Israel tem sim um forte e poderoso espírito de solidariedade, que talvez devesse permear os que criticam e não acolhem os palestinos como poderiam.
SELMA FELDMAN SINGAL (São Paulo, SP)
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Perfeito o texto de Oded. Tenho a mesma sensação ao ler e acompanhar este conflito de décadas. Israel tem maior responsabilidade por ter maior força, por ser mais rico. Certamente os conterrâneos e membros da comunidade judaica brasileira irão contestar e procurar acusá-lo de negar o "Estado judeu" e de "trair a pátria". A paz é o desejo do mais forte, a solidariedade é um sinal de quem pode oferecê-la.
CARLOS ALBERTO RIBEIRO DE MELLO (São Paulo, SP)
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Responsabilidade não se mede: ou se tem, ou não se tem. Quando um menor mata e fica impune, os nossos códigos não o contemplam como responsável. Quando os "black blocs" promovem a quebra de patrimônio, a responsabilidade é tipificada como manifestações políticas, liberdades de expressão. E o que dizer dos mísseis? Tem ou não tem responsabilidades, quando matam e destroem indiscriminadamente? A justiça social se faz por meio do diálogo, e não dos mísseis. No mais, aplaudo de pé o artigo de Oded Grajew.
MOYSES AKERMAN, advogado (Rio de Janeiro, RJ)
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Somos filhos de libaneses, eu e meus 16 irmãos. Não poderia ser melhor escolha de nossos pais a de vir para o Brasil. Há muito tempo sofremos por não conseguir vislumbrar a paz na região da Palestina. Oded Grajew é colhido pelo mesmo desejo.
MARON EMILE ABI-ABIB (Rio de Janeiro, RJ)
Operação Lava Jato
A Construtora Camargo Corrêa não foi procurada para a reportagem "Contadora do doleiro Alberto Youssef cita negócios com políticos" ("Poder", 10/8), mas reitera a lisura de seus procedimentos, pois jamais fez qualquer pagamento ao sr. Alberto Youssef ou às suas empresas. Sobre sua relação com o ex-diretor Paulo Roberto Costa, tratou-se de serviços da consultoria Costa Global, regidos por contrato do final de 2012 até dezembro de 2013, período em que já não mais exercia funções na Petrobras. A Camargo Corrêa já se colocou à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.
MARCELLO D'ANGELO, diretor de comunicação da Camargo Corrêa (São Paulo, SP)
O Brasil que trabalha
A Folha publicou excelente reportagem mostrando que trabalho menos qualificado sustenta o boom de empregos no Brasil ("Primeira Página", 10/8) e explicou com a automação digital. É preciso considerar também a taxa de câmbio apreciada desde 1991; em consequência caiu o preço dos bens "tradable" (industriais) e o país se desindustrializou, enquanto se elevou o dos serviços, cujas empresas prosperam. Em consequência, transferirmos pessoal do setor com maior valor adicionado per capita maior (indústria) para o menos sofisticado: serviços.
LUIZ CARLOS BRESSER-PEREIRA, professor emérito da Fundação Getúlio Vargas (São Paulo, SP)
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Registro o foco dos reflexos da crise do setor sucroenergético sobre os empregos e as atividades econômicas em Sertãozinho (SP) abordado na reportagem "Cidade que vive da cana sente efeitos da crise no setor" ("Mercado", 11/8). É uma contribuição isenta e transparente para o entendimento do que está acontecendo com uma atividade que movimenta US$ 100 milhões por ano e registrava o emprego direto de 1 milhão de trabalhadores.
ARNALDO JARDIM, deputado federal pelo PPS (São Paulo, SP)
Programa espacial
O artigo "O espaço, esse rabo de foguete" ("Ilustríssima", 10/8) é uma importante contribuição à história do Programa Espacial Brasileiro. Infelizmente, é uma história de poucos resultados práticos e desperdício de recursos humanos e financeiros. Fui o primeiro representante da Comissão Nacional de Atividades Espaciais nos EUA e trabalhei na Nasa, entre 1962 e 1963. Na minha volta ao Brasil, o chefe havia sido substituído por outro, que me mandou esperar até ser chamado. Passados 51 anos, estou esperando até hoje. A Folha me salvou do desemprego, ao me admitir como responsável pela seção "O Tempo Hoje e Amanhã", de previsões meteorológicas.
RUBENS JUNQUEIRA VILLELA, professor aposentado do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (São Paulo, SP)
Resíduos sólidos
Gostaria que aprofundassem a discussão sobre os lixões, que é premente. Existem outras possibilidades viáveis de utilização desses resíduos sólidos? Quais alternativas em outros países?
JANE FÁTIMA PAIVA FURTADO BEDRAN DE CASTRO (Araçatuba, SP)