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Inquérito vazou para deputado, diz polícia

Relatório da Polícia Civil do Rio acusa ex-procurador Cláudio Lopes de ter alertado líder do PMDB sobre investigação

Documento foi enviado ao STF após detecção de possível envolvimento de Cunha e apura suposta sonegação

DO RIO

Relatório da Polícia Civil do Rio afirma que o ex-procurador-geral de Justiça do Rio Cláudio Lopes vazou informação de inquérito policial ao líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha, no qual o próprio deputado é citado, diz reportagem da revista "Veja" deste fim de semana.

O inquérito, enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal) após detecção de possível envolvimento do deputado, apura suposta sonegação fiscal do grupo Magro, responsável pela refinaria de Manguinhos.

Cunha é investigado por supostamente atuar em favor da empresa. O documento, do qual a Folha obteve cópia, diz que, após o vazamento de informação, os investigados interromperam os contatos telefônicos que mantinham.

O atual procurador-geral de Justiça, Marfan Vieira, solicitou apuração sobre o suposto vazamento ao procurador-geral Roberto Gurgel.

Segundo o documento, com data de outubro de 2010, o inquérito flagrou conversas entre Cunha e o empresário Ricardo Magro, dono da refinaria e investigado. Eles comentam a recusa do grupo Braskem em vender gasolina à refinaria de Manguinhos.

Os contatos entre os dois são quase diários, segundo o documento, até o dia 21 de setembro de 2009, quando Cunha foi supostamente informado sobre a investigação.

O relatório informa que, no dia 18 de setembro de 2009, Lopes solicitou vista do inquérito ao promotor que acompanhava a investigação, Daniel Faria. Os papéis chegaram ao seu gabinete no dia 21. No mesmo dia, diz o documento, Cunha visitou o gabinete do procurador-geral.

O documento aponta que Cunha manteve contato telefônico com Lopes por 13 vezes entre 13 e 21 de setembro. Logo em seguida, teria sido visto entrando no gabinete do ex-procurador-geral do Rio.

Após o encontro, Magro não usou mais o telefone interceptado. O contato com o deputado também cessou.

Cunha pediu ao governador Sérgio Cabral (PMDB) informações sobre o relatório. (ITALO NOGUEIRA)


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