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TV Século 21 tem ex-jogador e diretor global

DO ENVIADO A VALINHOS (SP)

Em 1980, o padre jesuíta americano Eduardo Douherty começou a gravar catequeses na garagem de uma paróquia de Campinas.

Era o embrião da Século 21, rede de TV que hoje ocupa um complexo de 24 mil metros quadrados, emprega 240 funcionários e acaba de investir R$ 4 milhões para digitalizar a produção.

Ligado à Renovação Carismática, Douherty, 72, é ainda o idealizador do "Anunciamos Jesus", programa de retransmissão da palavra bíblica e estudos de documentos da igreja que completará 30 anos no ar em junho --um recorde entre os católicos.

Pouco conhecida fora do circuito católico, a infraestrutura e a movimentação da Século 21 impressionam.

Na segunda-feira, quando a Folha visitou o complexo em Valinhos (85 km de São Paulo), um estúdio transmitia ao vivo um programa diário de futebol, que tem os ex-jogadores Careca e Zenon como comentaristas fixos.

Ao lado, um grupo de 18 atores gravava uma cena bíblica dirigida por Lucas Bueno, 57, que já trabalhou em novelas globais, como "Sassaricando".

A teledramaturgia tem sido o grande diferencial da Século 21, que ganhou a concessão em 1999 e é financiada, segundo Douherty, por meio de doações.

O próximo projeto da emissora é ambicioso: gravar os quatro Evangelhos, "palavra por palavra".

Recentemente, o americano propôs um banco coletivo de programas de TV católicos, que poderiam ser aproveitados por outras emissoras. Mas a ideia é vista com ressalvas por outros meios católicos, um reflexo das divisões internas da igreja.

A TV Aparecida, por exemplo, não transmitiria um programa de viés carismático --está sob o comando da Congregação Redentorista.

O sacerdote americano, que chegou ao Brasil em 1970, diz que está satisfeito com o nível técnico, mas acredita que a audiência ainda "pode aumentar violentamente".

Douherty reconhece que os programas de TV pentecostais "conseguem mais pontos [no Ibope] que nós".

Por que essa diferença? "Eu também quero saber. Me ensina", brincou.


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