Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
No júri, peritos criticam 1º laudo das mortes
DE SÃO PAULO DO ENVIADO A MACEIÓ COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM MACEIÓPeritos que elaboraram o segundo laudo da morte de Paulo César Farias e Suzana Marcolino passaram a manhã de ontem do julgamento apontando falhas no primeiro documento, elaborado por peritos de Alagoas e da equipe do legista Badan Palhares, que na época era da Unicamp.
"Não existem provas de que a Suzana atirou contra o PC. Não existem provas de que ela se suicidou", afirmou o médico legista Daniel Muñoz, da USP, que comandou a equipe responsável pelo segundo laudo, em 1999.
Para esse grupo, houve um duplo homicídio. Já a perícia feita em 1996 concluiu que Suzana matou o namorado e depois suicidou-se.
ALTURA
Em 1999, a Folha publicou fotos que comprovaram que Suzana tinha no máximo 1,57 m, enquanto Palhares considerava 1,67 m, embora não tenha registrado isso no laudo.
A altura dela é importante para determinar a trajetória da bala. A Justiça, então, determinou a nova perícia, coordenada por Muñoz.
Anteontem, Badan defendeu a estatura informada, apesar de ter admitido um "lapso" ao não incluir o dado no documento.
Para os peritos do segundo laudo, não há elementos que provem que Suzana fez algum disparo.
"A ausência de resíduos metálicos, a ausência de sangue na arma, a ausência de sangue na mão dela são provas de que ela não empunhou a arma", disse o perito Domingos Tochetto, integrante do segundo grupo.