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Em ato do PT, Dilma fala em 'volta por cima'

Após queda na popularidade, presidente sobe a palanque petista no Paraná e critica 'pessimistas' e 'alarmistas'

Lula ataca agências de avaliação de risco e pede que sucessora não se abale com desconfiança na economia do país

ESTELITA HASS CARAZZAI ENVIADA ESPECIAL A PINHAIS (PR)

Em meio a turbulências e pressões por mudanças na condução da economia, a presidente Dilma Rousseff disse ontem a uma plateia de militantes do PT que o país irá "dar a volta por cima".

Ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante seminário sobre os dez anos do PT no governo, em Pinhais (PR), Dilma admitiu que o Brasil "não teve taxas de crescimento exuberantes" em sua gestão, o que atribuiu à maior intensidade da crise internacional.

"Nós vamos conseguir cada vez mais dar a volta por cima e assegurar um ritmo de crescimento ao país."

A presidente voltou a criticar os "pessimistas" e "alarmistas" e buscou defender como "correta" a opção da gestão por estimular o consumo e o investimento.

Dilma opôs sua política econômica a de governos anteriores, que associou a medidas de corte de gastos e investimentos, resumidas por ela como "um horror". "Isso leva à destruição e à paralisia da sociedade."

A presidente afirmou que o Brasil "tem praticamente pleno emprego" e disse que irá manter a inflação sob controle. Também disse ser "uma grande falsidade" afirmar que as contas do país não estão saudáveis, e que não deixará que o Brasil tenha mais uma "década perdida".

As declarações da presidente, em palanque festivo do PT, ocorrem na semana em que seu governo amarga queda de popularidade de oito pontos percentuais, atestada pelo Datafolha.

O governo petista enfrenta sucessão de notícias negativas, que incluem o pessimismo na economia --que levou o Banco Central a intensificar a alta de juros para frear a inflação--, os conflitos com grupos indígenas e o tumulto criado por boatos sobre o fim do Bolsa Família.

Lula também procurou defender Dilma, afirmando que "ela não está só" e "não se pode deixar abalar". O ex-presidente disse que "não entende a desconfiança" da oposição e da imprensa com a economia brasileira. "Uma parte da imprensa parece partido político. Seria melhor que lançasse candidato. Assuma, mas pare de contar mentira."

RISCO BRASIL

Para Lula, o Brasil vive "um momento excepcional" e as agências internacionais de avaliação de risco "deveriam estar dando palpite na Espanha, França, Estados Unidos, e não no Brasil".

Na semana passada, a agência Standard & Poor's reduziu a avaliação da economia brasileira.

Provável candidata ao governo do Paraná em 2014, a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil), que participou do evento, foi recebida aos gritos de "governadora".

No discurso, ela não poupou o governador Beto Richa (PSDB), acusando-o de "apropriação indevida" de programas federais.


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