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Militares cassados defendem revisão da Lei da Anistia

DO RIO

Dois militares perseguidos e cassados durante a ditadura militar (1964-1985) defenderam ontem a revisão da Lei da Anistia, que assegura a não punição aos culpados por mortes e torturas no período.

Eles relataram suas histórias durante audiência da Comissão da Verdade: "A lei foi feita por eles, pelos torturadores. É preciso que haja uma modificação", disse o coronel Ivan Proença, que ficou preso por mais de 50 dias.

No dia 1º de abril de 1964 ele defendeu um grupo de estudantes que estava acuado dentro da escola de direito da UFRJ, no Rio: "Os militares golpistas iam fuzilar esses jovens". Ele conta que pediu para os militares baixarem as armas, entrou na faculdade e escoltou os estudantes.

"Parte dos jovens estava passando mal por causa do gás lacrimogêneo que dispararam lá dentro. Quebramos as janelas para eles respirarem e tiramos eles de lá." Por causa disso, foi isolado e teve os direitos militares cassados.

O coronel Bolívar Meirelles também é favorável à alteração: "A tortura é um crime comum. Tem que ir para a cadeia". Meirelles foi um dos primeiros militares cassados. Durante o golpe, servia em Goiânia como tenente. Parte dos membros da Comissão da Verdade é contra a revisão --casos de José Paulo Cavalcanti e José Carlos Dias.


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