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Polícia blinda inquérito sobre roubo a assessor de deputado

Funcionário do gabinete de Henrique Alves teve R$ 100 mil em espécie roubados

Destino do dinheiro era pagamento de apartamento comprado pelo presidente da Câmara para ex-mulher

ANDRÉIA SADI DO PAINEL, EM BRASÍLIA VERA MAGALHÃES EDITORA DO PAINEL

Os R$ 100 mil em espécie roubados em junho de um assessor do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), seriam usados para saldar parte da compra de um apartamento pelo deputado, por R$ 1 milhão.

Em entrevista à Folha nesta semana, Alves admitiu que o dinheiro roubado de Wellington Ferreira da Costa em 13 de junho, em Brasília, era seu, proveniente de um empréstimo do Banco do Brasil.

Ele afirmou que o dinheiro seria usado para compromissos pessoais e não quis entrar em detalhes sobre a destinação (leia texto nesta página).

O inquérito instaurado na Polícia Civil de Brasília corre em segredo. Passado mais de um mês do roubo, o boletim de ocorrência e os depoimentos não podem ser consultados na Delegacia de Repressão de Roubos e Furtos da Polícia Civil do Distrito Federal.

Segundo a Folha apurou na delegacia, não é normal haver sigilo em casos de roubo, a não ser que haja pedido feito por alguma autoridade. O delegado do caso, Fernando César Costa, recebeu ordens expressas para não falar sobre o caso. Ele está em férias e, nas palavras de um integrante da polícia, "colocou o caso debaixo do braço''.

O assalto sofrido por Wellington aconteceu no Setor de Clubes Sul, na capital federal. Segundo o relato do assessor parlamentar, dois assaltantes bateram em seu carro, se identificaram como policiais civis e levaram, além de uma maleta com o dinheiro, um telefone e um tablet, que foram descartados depois.

O dinheiro fora sacado dois dias antes no Banco do Brasil, onde Alves contraiu empréstimo para amortizar a compra de um apartamento na avenida Beira-Mar, em Natal, adquirido do também deputado João Maia (PR-RN).

À Folha Maia confirmou a venda do imóvel, no ano passado. Segundo o deputado, Alves lhe deu R$ 500 mil à vista e ficou de pagar outros R$ 500 mil em parcelas.

Os R$ 100 mil extraviados seriam a primeira dessas amortizações. "A venda está, inclusive, registrada no meu Imposto de Renda, com os valores e tudo. Ele havia combinado de me pagar, mas houve esse problema'', afirmou ele ontem, por telefone.

O imóvel é ocupado pela ex-mulher de Alves, Priscila Gimenez, que não quis se manifestar sobre o assunto.


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