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O papa no Brasil

'Kit' traz orientações a peregrinos sobre os tabus da igreja

Cartilha entregue a fiéis e jornalistas reforça restrição católica ao aborto, à eutanásia e à união homoafetiva

Material que circula entre participantes da Jornada da Juventude pede "reflexões éticas" sobre temas polêmicos

FABIO BRISOLLA DO RIO

A Igreja Católica decidiu marcar sua posição a respeito de temas polêmicos de comportamento durante a Jornada Mundial da Juventude, cujo início está marcado para hoje no Rio.

Distribuído a aproximadamente 350 mil jovens inscritos pelo site oficial do evento, o chamado "kit peregrino" inclui um manual com "reflexões éticas" sobre assuntos como aborto, reprodução assistida, eutanásia e homossexualidade.

O mesmo livreto também foi encaminhado aos 60 mil voluntários da Jornada e a mais de 6.000 jornalistas credenciados para a cobertura do megaevento.

A publicação apresenta aos participantes das celebrações perguntas como: "Todos os modelos familiares seriam válidos, desde que a criança seja amada?". Logo abaixo, vem a resposta elaborada pela Igreja, contrária a famílias formadas por casais do mesmo sexo: "Naturalmente, é essencial ser amado pelos pais, mas não basta. (...) Sejamos realistas: nascemos menino ou menina. A procriação necessita de pai e mãe. A criança precisa de pai e mãe para se desenvolver".

O tema ensejou embate dos católicos com o governo na Argentina, em 2010, durante votação da lei sobre o tema.

O então cardeal de Buenos Aires, Jorge Bergoglio, hoje papa, levou ao público a posição contrária da Igreja em relação à lei. Ele escreveu uma carta onde classificava a lei como "uma pretensão destrutiva aos planos de Deus".

O capítulo da cartilha com questões ligadas ao homossexualismo começa com explicação sobre a "teoria do gênero", definida como "uma hipótese segundo a qual a identidade sexual do ser humano depende do ambiente sociocultural e não do sexo menino ou menina' que caracteriza cada ser humano desde o instante da concepção".

Ao lado do texto, há uma charge onde um rapaz faz a seguinte pergunta: "Bem. Então... Que gênero' eu vou escolher para este ano?"

Em outro desenho, um menino pelado olha para o próprio pênis e questiona: "Não sou homem? Eu? Então o que é isto?".O manual inclui a pergunta: "Recusar a adoção aos homossexuais não representaria homofobia?".

E segue com a resposta da Igreja: "Não, porque a questão é outra. Ter uma filho não é um direito! O filho não é um bem de consumo, que viria ao mundo em função das necessidades ou dos desejos dos pais. Embora o fato de alguém não poder ter filhos seja fonte de sofrimento, essa reivindicação dos lobbies homossexuais não é legítima".

ABORTO

Ao explicar o que é o aborto, o livreto critica o uso da expressão "interrupção da gravidez", que "mascara a realidade, ocultando a morte da criança" e traz argumentos contrários à pratica.


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