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Aclamado candidato, Padilha busca marca
Lançado por Lula ao governo paulista, ministro contará com empenho do PT para aprovar contratação de médicos
Titular da Saúde, que não era o preferido do ex-presidente no início da disputa, brinca: 'Foi o não-dedaço'
Após ser lançado candidato ao governo de São Paulo em 2014 por Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, brincou que o ex-presidente inventou o "não-dedaço" para apontar seu escolhido.
A definição, feita no início da madrugada de ontem, se deve não apenas à forma como Lula o apresentou durante o encontro estadual realizado pelo PT em Bauru (330 km de São Paulo), na sexta, mas também ao fato de ele não ter sido considerado, no início do processo de escolha, a melhor opção pelo antigo chefe, de quem foi ministro das Relações Institucionais.
No evento em Bauru, o ex-presidente disse que o titular da Saúde "falou como candidato", mas, para ironizar a imprensa, definiu o ato público no interior como a "data memorável em que Padilha afirmou que não é candidato".
Após a vitória do ex-ministro Fernando Haddad na eleição para prefeito de São Paulo, em 2012, Lula definiu a vitória no Estado como prioridade do PT para o próximo ano. Ele tem afirmado que o partido nunca teve tantas chances de conquistar o Palácio dos Bandeirantes.
Apesar de querer repetir a fórmula de Haddad, indicando um auxiliar de Dilma neófito em eleições, Lula não estava convencido de que o ministro da Saúde deveria disputar o Palácio dos wBandeirantes devido à ausência de uma marca forte em sua gestão à frente da pasta. Depois das manifestações de junho, entanto, Padilha ganhou uma vitrine eleitoral: o programa Mais Médicos foi apresentado como um dos "cinco pactos" propostos pela presidente Dilma Rousseff como resposta aos protestos.
O PT e o ministro farão campanha pelo projeto para atrair profissionais, incluindo estrangeiros, para trabalhar como médicos nas periferias e no interior do país. Ao mesmo tempo, o partido buscará explorar o momento conturbado dos adversários tucanos, envolvidos no escândalo das licitações de trens e metrô.