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Alckmin intensifica agenda no interior para driblar crise

Estratégia tucana visa diminuir exploração da imagem do governador no caso que apura cartel em trens e metrô

Equipe do PSDB monitora impacto das visitas, em que são tratados assuntos de interesse da região

DANIELA LIMA DE SÃO PAULO

Amparado por pesquisas internas do PSDB, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem pulverizado sua agenda para fora da capital.

A estratégia é priorizar a exposição do tucano em mídias regionais, impor uma "pauta positiva" e diminuir a exploração de sua imagem no caso que apura a formação de um cartel nas licitações de trens e metrô do Estado.

Ontem, por exemplo, o governador cumpriu agenda em Itaquaquecetuba, visitando obras do Rodoanel. Somente a mídia regional foi avisada com antecedência sobre a realização do evento.

O governador paulista falou sobre o manejo do lixo na região do Alto Tietê, sobre a troca no comando da Secretaria de Saúde e investimentos no Rodoanel.

Nenhuma palavra sobre o cartel delatado pela Siemens. A visita, no entanto, foi um dos principais assuntos para a mídia regional e as retransmissoras de TV do Alto Tietê.

O Palácio dos Bandeirantes tem monitorado regionalmente o impacto dessas visitas do governador. Pesquisas pelo telefone são feitas antes e depois das aparições de Alckmin.

Na véspera da visita, há uma medição sobre os assuntos de interesse dos eleitores da região e principais demandas. Depois, é mensurado o impacto da visita na avaliação do governo e de Alckmin.

LEVANTAMENTO AMPLO

Além das medições locais, o governo encomendou uma pesquisa mais ampla, com foco em todo o Estado, para mensurar o impacto das acusações sobre formação de cartel e das mais recentes manifestações nas ruas na imagem do governador.

De acordo com aliados, o Palácio identificou que estaria estancada a queda na popularidade de Alckmin após os protestos de junho.

Já a vinculação da imagem dos governos tucanos de Mário Covas, José Serra e o próprio Alckmin às acusações de que um cartel operou no Estado não teria sido suficiente para retirar do governador a imagem de probidade.

O Bandeirantes considera ainda que os esforços do PT em politizar o tema acabaram por diminuir o empenho nas manifestações daqueles que defendem movimentos apartidários, como os que caracterizaram as manifestações de junho.

Há ainda uma avaliação de que a imagem construída há anos pelo tucano impediram, até o momento que o manifesto "fora Alckmin" ganhe a mesma amplitude que o "fora Cabral" alcançou no Rio de Janeiro, pegando em cheio a administração do peemedebista Sérgio Cabral.

O tucano sempre foi muito associado em pesquisas qualitativas a adjetivos como "sério" e "honesto".

"O Alckmin não tem o guardanapo na cabeça, pelo contrário. Até os críticos dizem que ele mais parece um padre que um político", afirmou um colaborador próximo ao tucano.

Além da gestão de comunicação, o governador tem investido desde o início da crise em aproximação com políticos. Ontem, por exemplo, ele fez o quinto jantar com prefeitos no Palácio dos Bandeirantes desde junho.

Com a rodada de ontem, ele recebeu os 80 prefeitos aliados das maiores cidades do Estado.


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