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No Brasil, prévias só sinalizam que partido está muito dividido

PFL em 1989 e PMDB em 1994 são exemplos de desastres eleitorais

DE SÃO PAULO

Os partidos brasileiros nunca apreciaram a tradição norte-americana de escolher seus candidatos à Presidência por meio de primárias.

A definição dos nomes sempre foi feita pela direção das legendas. Raramente havia alguma disputa --como na convenção da UDN de 1959, na qual Jânio Quadros derrotou Juraci Magalhães.

Desde a redemocratização do Brasil, em 1985, as prévias foram usadas em três ocasiões. Em duas delas, isso só ocorreu porque as legendas estavam muito divididas.

Foi o que aconteceu com o PFL (atual DEM) em 1989, quando o partido, desgastado por sua participação no governo José Sarney, não conseguiu chegar a um acordo.

A prévia foi vencida por Aureliano Chaves (que derrotou Marco Maciel e Sandra Cavalcanti), mas ele não decolou nas pesquisas e foi abandonado pela sigla. Terminou a eleição em 9º lugar.

O fiasco se repetiu com o PMDB, em 1994. O ex-governador Orestes Quércia tinha a maioria no partido, mas vários líderes duvidavam de suas chances de vitória contra FHC e exigiram as prévias, na qual Quércia enfrentou o senador José Sarney e o ex-governador Roberto Requião.

Sarney desistiu, e Quércia venceu Requião. Acabou a eleição em quarto lugar, com apenas 4% dos votos válidos.

Em 2002, Lula não queria as prévias, mas o senador Eduardo Suplicy obteve apoio suficiente na cúpula do PT para forçar a disputa. Lula venceu com 84% dos votos e, depois, ganhou a eleição.


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