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Suspeitos de incitar protestos violentos são detidos no Rio

Três jovens acusados de administrar página dos 'black blocs' em rede social negam participação em depredações

Um dos rapazes é acusado de pedofilia; polícia recolheu faca e pedaço de madeira com pregos numa das casas

DO RIO

Três jovens foram presos e dois menores apreendidos ontem no Rio sob acusação de incitação à violência e formação de quadrilha armada. Os cinco foram apontados pela Polícia Civil como administradores da página "Black Bloc RJ" em uma rede social.

A polícia acusa um dos detidos de pedofilia, porque em seu computador foram encontradas fotos de menores.

Em depoimento, os jovens admitiram administrar a página, mas negam que ela estimule a violência. Negam ainda participação em atos de violência ou de pedofilia.

Um dos detidos, Daniel Guimarães Ferreira, 21, foi apontado pelos policiais como o principal administrador da página na rede social.

Ferreira foi detido com o irmão, menor de idade. Segundo os policiais, em sua casa foram encontradas máscara de gás, boné preto, uma faca e um artefato de madeira com pregos chamado de "jacaré", usado para furar pneus.

Os outros foram presos nos bairros do Cachambi e Abolição (zona norte do Rio) e nas cidades de Niterói e Maricá. Uma mulher, que também teve a prisão decretada, não foi encontrada porque teria viajado para a Bolívia.

Horas após a prisão, na página do grupo surgiu o aviso: "essa será a ultima publicação. Os adms [administradores] que foram presos estão sendo levados para Bangu".

Pouco depois, no entanto, em nova postagem, o grupo convocava para um protesto no Sete de Setembro, com concentração pela manhã na avenida Presidente Vargas, onde haverá o desfile militar.

Os três jovens maiores de idade foram levados para a carceragem da Polinter, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio. Os menores foram liberados após seus pais se comprometerem a apresentá-los em juízo.

Segundo a chefe da Polícia Civil, delegada Martha Rocha, desde julho um inquérito apura as ações dos "black blocs". Segundo ela, o fato de terem encontrado um "jacaré" mostra a intenção de ferir.

"Ao ser lançado, esse artefato ["jacaré"] vai encontrar alguma coisa ou alguém. Isso pode ferir um manifestante, um jornalista ou alguém que esteja passando. Na página deles há um comando para que cada um faça dez desses. Ou seja, estão incitando a violência", afirmou.

À tarde, o Ministério Público estadual teve sua página na internet invadida por hackers. Por precaução, o site foi retirado do ar.


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