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'Black blocs' assumem linha de frente em SP

Seguidos por outros manifestantes, mascarados definiram roteiro de protesto que acabou em confronto com PM

Manifestações pelo país exigiam fim da corrupção e melhora do serviço público e criticaram a polícia

DE SÃO PAULO

Descritos como uma "tática", os "black blocs" demonstraram que estão mais organizados em São Paulo. Pela primeira vez desde as manifestações de junho, eles encabeçaram o protesto ontem, que terminou em confronto com a PM no centro.

Os "blocs" decidiram pelo roteiro da manifestação do Masp até a Câmara Municipal. Na dianteira da marcha, seguravam uma faixa e pichavam frases contra o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Acostumados a se juntar a protestos de outros grupos, os "blocs" foram seguidos por manifestantes com rosto descoberto e bandeiras do Brasil, execradas por eles.

O grupo heterogêneo incluía crianças --duas com o rosto coberto--, idosos e até uma manifestante vestida de Osama bin Laden pedindo a volta da ditadura militar. Nos cartazes, predominavam críticas à corrupção.

Incomodados, os "blocs" chegaram a gritar: "Vocês entenderam mal, isso aqui não é Carnaval".

"O pessoal que organizou esta manifestação é mais violento", disse Matheus Henrique, 18, analista de sistemas. Ele disse que participou de todas as manifestações desde junho e que é a primeira vez que vê isso ocorrer.

Surgida no começo dos anos 1980 na Alemanha, a tática de protesto "black bloc" prega o ataque a símbolos capitalistas e às forças policiais do Estado.

OUTRAS CAPITAIS

Em Florianópolis, os "blocs", quase todos adolescentes, disseram que estavam na rua "para fazer a revolução" e não se envolveram com outros manifestantes.

"A gente só quer isso aqui mesmo", disse um mascarado, que levava a faixa "Revolução não é vandalismo".

Em Belém, os "blocs" também não apresentaram reivindicações concretas. O grupo gritou palavras de ordem contra todos os níveis de governo e partidos.

A manifestação em Belo Horizonte não teve pauta específica. Havia uma faixa defendendo a "desmilitarização da Polícia Militar" e foram muitos os gritos contra a PM.

A pauta em Goiânia foi a melhoria de serviço público.


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