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No 2º dia, festival faz jus ao nome com bandas de rock e protestos

'Ditadura não', provoca líder do Detonautas sobre proibição de máscaras em manifestações

Dinho Ouro Preto, do Capital Inicial, critica Congresso por não ter cassado o mandato de deputado condenado

THALES DE MENEZES ADRIANA KÜCHLER ENVIADOS ESPECIAIS AO RIO MARCO AURÉLIO CANÔNICO DO RIO

No segundo dia de festival, ontem, o rock deixou de apenas fazer parte do nome Rock in Rio. Veio para o palco, da abertura com Autoramas e BNegão, com rock e hip-hop no palco Sunset, ao terceiro show do palco Mundo, com Florence Welch aos berros.

O rock como protesto também deu as caras. No show em homenagem a Raul Seixas, o vocalista Tico Santa Cruz, do Detonautas, puxou um coro contra o governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), e a proibição de usar máscaras durante manifestações de rua.

"Ditadura não, revolução", gritou o vocalista, que cobriu rapidamente o rosto com uma camiseta que reproduzia a máscara símbolo do grupo Anonymous (o personagem de "V de Vingança").

"Tenho certeza de que, se Raul Seixas estivesse vivo, ele estaria nas ruas se manifestando", disse Santa Cruz. Zélia Duncan dividiu com ele "Tente Outra Vez" e cantou sozinha "Maluco Beleza".

Quando o cantor do Detonautas retornou, incentivou a plateia: "Querem dar seu recado? Podem dar", disse, virando o microfone para o público, que gritava "Ei, Cabral, vai tomar no cu".

Com Zeca Baleiro no palco, homenageou os dois integrantes mortos do Charlie Brown Jr., Chorão e Champignon.

Em outro show da tarde, Marky Ramone trouxe seu grupo atual para reviver o repertório de sua ex-banda, Ramones, com hits como "Pet Sematary" e "Rock and Roll High School".

O que mais surpreende é o vigor dele, batendo tambores e pratos com fúria aos 57 anos.

No palco Mundo, o principal, o Capital Inicial desencavou coisas dos anos 1980, como "Leve Desespero", "Fátima" e "Veraneio Vascaína".

"Poucas coisas nos dão mais prazer do que rock and roll e falar mal de político", disse Dinho Ouro Preto.

"Não sei o que é pior: Natan Donadon, o primeiro presidiário congressista, ou o Congresso, por deixá-lo lá. Fechem os olhos e elejam o de vocês. Escolho o parlamento brasileiro pelo conjunto da obra", bradou Dinho, antes de colocar um nariz de palhaço para cantar "Saquear Brasília".

A noite seguiu com o grupo americano 30 Seconds to Mars empolgando com o cantor Jared Leto e seu rock quase épico. Na parte final, ele deslizou pela tirolesa que passa sobre o público do palco Mundo.

Depois, a inglesa Florence Welch, bela com vestido azul e seus cabelos cor de fogo, soltou um vozeirão espetacular. Uma força da natureza, sem dúvida, mas sua música densa talvez não seja a mais indicada para lugares tão amplos.


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