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Cotidiano em cima da hora

Fiscal preso recorreu a secretário de Haddad

Suspeito de cobrar propina, Ronilson Rodrigues marcou reunião com Antonio Donato (Governo) quando era investigado

Servidor se dizia vítima de perseguição por conta de investigação da prefeitura sobre fraudes, afirma petista

DE SÃO PAULO

O auditor fiscal Ronilson Bezerra Rodrigues marcou um encontro com Antonio Donato, secretário de Governo da gestão Fernando Haddad (PT), durante o período em que era investigado pela Prefeitura de São Paulo.

A menção ao encontro com Donato está em transcrição de escuta telefônica divulgada pelo jornal "O Estado de S. Paulo". O vereador petista Paulo Fiorilo também é citado por Ronilson, que está preso desde a última quarta-feira sob suspeita de cobrar propina em troca de desconto no pagamento do ISS (Imposto Sobre Serviços).

A conversa, segundo o jornal, foi em 16 de julho.

Por meio da sua assessoria, Donato disse ter sido procurado por Ronilson no dia em que o auditor depôs na Controladoria Geral do Município, órgão que apura as denúncias contra servidores.

"O secretário recebeu o servidor, que argumentou perseguição na investigação da Controladoria. O secretário respondeu que o assunto não era da alçada da secretaria, que a CGM é um órgão autônomo e tem procedimento puramente técnico", diz trecho da nota enviada pela assessoria de Donato.

Após o encontro, prossegue o texto, o secretário de Governo informou o teor da conversa ao controlador-geral Mário Vinicius Spinelli.

Fiorilo não foi encontrado.

EXONERAÇÃO

A Prefeitura de São Paulo exonerou ontem Fábio Camargo Remesso do cargo de assessor da Coordenação de Articulação Política e Social, da Secretaria Municipal de Relações Governamentais.

O servidor é apontado pelo Ministério Público e pela Controladoria como mais um integrante do grupo que movimentou mais de R$ 500 milhões em um esquema de cobrança de propinas.

Segundo a investigação, no período em que o esquema funcionou --entre 2007 e 2012-- Remesso era ligado à Secretaria de Finanças da gestão Gilberto Kassab (PSD).

Na gestão Fernando Haddad (PT), Remesso foi chefe de gabinete da Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social. Na pasta, ele pediu o afastamento do cargo em junho.

Desde então, Remesso foi designado, a pedido do vereador Nelo Rodolfo (PMDB), para trabalhar na Secretaria de Relações Governamentais, chefiada pelo petista João Antonio da Silva Filho.

INDICAÇÃO

O secretário João Antônio da Silva Filho confirmou ontem que Remesso foi para a sua secretaria indicado pela bancada do PMDB, do vereador Nelo Rodolfo, e disse que ele desconhecia qualquer suspeita sobre ele.

Rodolfo confirmou a indicação política de Remesso para ocupar o cargo, mas afirmou não ter tido conhecimento de irregularidades cometidas pelo servidor.

O secretário de Comunicação Nunzio Briguglio Filho confirmou que Remesso está entre os nomes investigados, mas diz não saber qual era a participação dele no esquema de cobrança de propina.

Outro servidor, o auditor Amilcar José Cançado Lemos, também é citado na investigação. A Folha não conseguiu contato com Remesso nem com Lemos.

A assessoria do ex-prefeito Gilberto Kassab diz desconhecer o nome de Remesso.


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