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Dirceu quer ir logo para regime semiaberto

Ex-ministro pede para apenas dormir na cadeia e Genoino, que ontem passou mal, para cumprir pena em casa

Após se entregar, Dirceu diz que viagem para levar presos a Brasília foi desperdício de dinheiro público

MARINA DIAS DE SÃO PAULO PAULO PEIXOTO DE BELO HORIZONTE

O advogado do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu quer que seu cliente seja imediatamente transferido para o regime semiaberto, no qual o detento precisa apenas dormir na prisão.

Todos os condenados no mensalão presos entre a sexta-feira e ontem foram levados, por determinação do STF, para Brasília, onde a Vara de Execuções Penais determinará onde eles começarão a cumprir suas penas.

Enquanto isso, todos aguardarão a decisão no regime fechado --mesmo os que começarão o cumprimento da pena no semiaberto.

O defensor de Dirceu, José Luis de Oliveira Lima quer que ele seja transferido ainda hoje. Segundo o advogado, o STF errou ao não especificar no mandado que seu cliente deveria começar a cumprir a pena já no semiaberto.

O advogado de José Genoino pediu a prisão domiciliar do petista, que passou mal ontem durante o voo que o levou de São Paulo a Brasília.

Genoino foi submetido recentemente a uma cirurgia numa artéria do coração. A decisão sobre as mudanças de regime caberá ao presidente do STF, Joaquim Barbosa.

Pouco depois de se entregar à PF, na sexta, Dirceu reclamou da necessidade de transporte até Brasília e disse que considerava a medida um "gasto de dinheiro público sem o menor sentido".

Ao chegar na PF, o ex-ministro foi avisado por um policial de que poderia entrar pelos fundos do prédio. "Sou um preso político, não sou bandido. Entrarei pela frente e de cabeça erguida", respondeu o petista, que acenou para militantes no local.

No corredor, Dirceu cruzou com Genoino, que já havia sido fichado uma hora antes. "Tenhamos força", disse ao abraçar o correligionário.

O ex-ministro recebeu o telefonema de parlamentares do PT e de representantes dos governos da Nicarágua e da Venezuela.

"É muito bom contar com os companheiros", disse após saber do desagravo em favor dos condenados durante congresso do PC do B anteontem.

PRESOS EM MINAS

Os sete condenados que se apresentaram anteontem em Belo Horizonte tiveram de passar a noite na duas únicas celas da PF na cidade.

Os cinco homens presos --Marcos Valério Fernandes de Souza, Cristiano Paz, Romeu Queiroz, Ramon Hollerbach e José Roberto Salgado-- dividiram uma delas, enquanto Simone Vasconcelos e Kátia Rabello ocuparam a outra.

Não havia colchão para todos e, por isso, a PF autorizou que parentes providenciassem colchonetes.

A cela feminina possui uma latrina. No cela dos homens, o banheiro é externo. Para usá-lo, os presos precisaram ser acompanhados por um agente federal.

O encontro entre a banqueira Kátia Rabello e a ex-funcionária de Valério, Simone Vasconcellos, foi marcado por forte e emocionado abraço, segundo advogados.


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