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Daniel Galera vence Prêmio SP de Literatura

Jacques Fux e Paula Fábrio, de editoras independentes, ganham na categoria estreante

DE SÃO PAULO

O paulista Daniel Galera, 34, e mais dois estreantes publicados por editoras independentes, Jacques Fux e Paula Fábrio, foram os vencedores do 6º Prêmio São Paulo de Literatura.

A maior premiação em valor do país (total de R$ 400 mil), concedida pelo Governo do Estado de São Paulo, teve o resultado anunciado na noite de ontem, no Museu da Língua Portuguesa.

"Barba Ensopada de Sangue" (Companhia das Letras), quarto romance de Galera, venceu na categoria livro do ano. O autor ganhará R$ 200 mil --ele não compareceu à cerimônia por estar viajando a trabalho.

O romance, com direitos vendidos para mais de dez países, acompanha um professor de educação física que se muda para um vilarejo em Santa Catarina em busca da verdade sobre a morte do avô.

INDEPENDENTES

O mineiro Jacques Fux, 36, foi o ganhador na categoria livro do ano de estreante com menos de 40 anos por "Antiterapias" (Scriptum).

A paulista Paula Fábrio, 43, venceu na categoria estreante com 40 anos ou mais por "Desnorteio" (Patuá).

"É um sinal de que o trabalho das pequenas editoras está sendo valorizado", disse Paula, que faz mestrado em estudos comparados na USP.

Fux também segue carreira acadêmica --é pós-doutorando em literatura pela Unicamp.

"Desnorteio" trata de três irmãos vivendo da mendicância na segunda metade do século passado, no interior de São Paulo.

"Parti de um ponto real, a história de meus tios, para a ficção", disse Paula, que já tinha tentado publicar contos por grandes editoras duas décadas atrás.

"Desta vez, tentei só a Patuá e mais uma, e deu certo."

"Antiterapias", de Fux, é uma autoficção sobre memória e judaísmo. "É uma espécie de releitura de O Complexo de Portnoy', de Philip Roth", diz o autor.

Ambos saíram com apenas 500 exemplares e não tiveram esgotada a primeira tiragem. Cada estreante receberá R$ 100 mil, na primeira edição do prêmio que dividiu a categoria de iniciantes em duas.

O júri final foi composto por Cassiano Elek Machado, editor da "Ilustríssima", Benjamin Abdala Junior, Margaret Alves Antunes, Ronaldo Cagiano Barbosa e Ubiratan Brasil.


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