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Mensalão - as prisões
Direção da Câmara cancela reunião para debater cassação de João Paulo
Segundo secretário-geral, cenário mudou porque Supremo ainda não ordenou prisão de petista
Delúbio segue exemplo de Genoino e lança site que recolherá doações para pagamento de sua multa à Justiça
A Mesa Diretora da Câmara cancelou a reunião que faria em 4 de fevereiro para discutir a abertura do processo de cassação do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), que aguarda o Supremo Tribunal Federal expedir o mandado de prisão para começar a cumprir a pena do mensalão.
Como foi marcada antes da decretação da prisão, a reunião foi interpretada por petistas como uma manobra para forçar João Paulo a renunciar para evitar a cassação.
No início do mês, antes de sair para o recesso, o presidente do STF, Joaquim Barbosa, determinou que sua pena fosse cumprida, mas não expediu o mandado de prisão.
Segundo o secretário-geral da Câmara, Mozart Vianna, o cenário mudou. "Como (...)não houve nenhuma comunicação do STF, o entendimento é que o melhor é cancelar".
A maioria da Mesa entende que nesses casos ela deve abrir o processo de cassação e enviá-lo à Comissão de Constituição e Justiça. Se aprovado, o processo segue para votação no plenário.
Como o Congresso acabou com a votação secreta para cassações no ano passado, se chegar ao plenário, o caso será decidido com voto aberto.
Dos sete integrantes da Mesa, dois são do PT. O vice-presidente da Casa, André Vargas (PT), disse que a sigla não vai barrar a abertura do processo.
SITE PARA DELÚBIO
Após a experiência do ex-presidente do PT José Genoino, que pagou sua multa à Justiça com doações arrecadadas por meio de site criado por familiares e amigos, uma página similar entrou no ar ontem para ajudar o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares a fazer o seu pagamento.
Ele ainda não foi intimado para quitar o valor, de R$ 466,8 mil.