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Mensalão as prisões

Brasil quer periciar material de Pizzolato

Dois computadores e um tablet foram apreendidos com o petista; polícia quer pistas de movimentação financeira

Corte de Bolonha decidirá sobre pedido, mas Interpol na Itália já se mostrou a favor do envio de equipamentos

GRACILIANO ROCHA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM ROMA

Autoridades brasileiras pedirão à Itália que envie, lacrados, os dois computadores e o tablet apreendidos com Henrique Pizzolato no momento de sua prisão em Maranello (norte da Itália) na última quarta-feira.

Nos próximos dias, segundo a Interpol italiana, dois procuradores da República deverão chegar à Itália para formalizar o pedido.

Segundo Francesco Fallica, chefe da Interpol na Itália, a solicitação deve ser feita via carta rogatória à Corte de Apelação de Bolonha, instância onde deverá correr a ação para a extradição de Pizzolato. Caberá ao tribunal decidir sobre o pedido para que os equipamentos sejam periciados no Brasil.

Carta rogatória é um instrumento jurídico que permite à autoridade judicial de um país encaminhar uma demanda ao Judiciário de um país estrangeiro. O pedido do envio dos equipamentos independe do desfecho da extradição.

Até agora, os computadores ainda não foram analisados e a massa de dados contida neles, portanto, ainda é ignorada. A varredura nos dados visa detectar pistas sobre a movimentação de dinheiro ou registros de comunicações de Pizzolato na Europa.

Na carta que foi divulgada após sua fuga, Pizzolato dizia levar documentos que, segundo ele, provariam sua inocência para pedir um novo julgamento na Itália --o que já foi descartado.

No ano passado, surgiram rumores, ainda não confirmados, de que Pizzolato guardaria um dossiê sobre campanhas eleitorais do PT.

DEMANDA

Ontem, em uma reunião que durou pouco mais de uma hora na Embaixada do Brasil em Roma entre policiais brasileiros e italianos, o adido da Polícia Federal, Disney Rosseti, informou sobre o pedido que seria feito. O chefe da Interpol na Itália, Francesco Fallica, sinalizou que apoia a demanda.

A concordância da polícia italiana com o envio dos computadores tende a pesar na decisão da Justiça.

"Obviamente, não sei como a Justiça vai decidir, mas não vejo razão para a Itália não enviar esses computadores ao Brasil rapidamente", disse Fallica à Folha.

Procurado, o adido da PF em Roma, Disney Rosseti, não quis se pronunciar. A reportagem não conseguiu ouvir ontem à noite o advogado Lorenzo Bergami, que defende Pizzolato.


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