Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Barbosa nega que irá concorrer à Presidência

Em nota para esclarecer reportagem de 'Veja', ministro diz que não definiu quando deixa STF

MÔNICA BERGAMO COLUNISTA DA FOLHA

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Joaquim Barbosa, divulgou ontem uma nota para esclarecer declarações atribuídas a ele pela revista "Veja". Segundo a revista, o ministro disse a interlocutores que pretende deixar a corte após o fim do julgamento do mensalão.

O caso deve ser encerrado pelo Supremo em abril --após o julgamento dos últimos recursos--, o que permitiria a Barbosa se filiar a um partido em tempo hábil para ser candidato a algum cargo eletivo nas próximas eleições.

No texto, assinado pela assessoria de imprensa do STF, Barbosa "ratifica" que "não é candidato a presidente nas eleições de 2014".

Repete também que pretende deixar o STF antes de completar 70 anos, idade da aposentadoria compulsória.

Barbosa, porém, nega que já tenha decidido deixar o cargo até abril, mas não descarta claramente a hipótese.

"No que se refere ao seu futuro após deixar o Tribunal, o ministro reserva-se o direito de tomar as decisões que julgar mais adequadas para a sua vida na ocasião oportuna. Entende que após deixar a condição de servidor público, suas decisões passam a ser de caráter privado."

Barbosa faz referência indireta também a outra frase atribuída a ele, em que teria afirmado que o PT é hoje um partido "tomado por bandidos, pela corrupção". Segundo a nota, Barbosa "não faz juízo de valor sobre nenhum dos partidos políticos brasileiros, individualmente" e já defendeu publicamente "ampla reforma política que aprimore o atual sistema".

Devido às especulações sobre Barbosa, Lula disse, há duas semanas, que ministros só deveriam se manifestar pelos autos, e que quem quiser fazer política deve entrar num partido e "mostrar a cara".

A expectativa sobre a saída de Barbosa do STF já altera a rotina da corte. A Folha apurou que funcionários ligados à presidência se articulam para voltar a seus órgãos de origem ou buscam emprego em outros tribunais.

Ainda segundo apuração da Folha, nas vezes que falou sobre política com interlocutores do STF, Barbosa se mostrou simpático a eventual disputa pelo governo do DF.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página