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Critério para dividir verba publicitária não mudará, diz ministro
Secretaria de Comunicação promete manter audiência como parâmetro para veiculação de anúncios oficiais
Pesquisa diz que 53% não entram na internet e aponta jornais como fonte mais confiável para a população
O ministro Thomas Traumann (Comunicação Social) disse ontem que o governo não irá mudar o critério de distribuição de verbas de publicidade --um bolo com cerca de R$ 2 bilhões anuais do Executivo e estatais.
Sua antecessora, Helena Chagas, havia sido bombardeada pelo PT por defender parâmetros como a audiência para definir a divisão das verbas. O partido queria priorizar veículos menores de mídia regional, além de sites e blogs alinhados ao Planalto.
Traumann fez o comentário ao divulgar uma pesquisa sobre hábitos de consumo de mídia do brasileiro, encomendada pela Secretaria de Comunicação por R$ 2,4 milhões ao Ibope Inteligência.
"Os critérios são os que já existem e já estão sendo adotados desde 2008. São critérios técnicos, baseados em pesquisa de agências, de veiculação de rádio, de circulação, no caso de jornais e revistas", disse o ministro, que assumiu o cargo em fevereiro.
O estudo mostra que o brasileiro tem pouco acesso à internet, mas quem o tem gasta mais tempo na rede do que aqueles que assistem TV. Apesar da baixa penetração relativa, os jornais impressos são a fonte de informação mais confiável para a população.
Segundo a pesquisa, 53% dos entrevistados nunca entram na rede e 52% não possuem conexão em casa. Entre os que acessam, o tempo médio de uso diário da rede durante a semana é de 3h39min, dez minutos a mais do que o tempo gasto com a TV.
No total, 97% dos brasileiros afirmam ver TV, 61% ouvem rádio, 25% têm hábito de ler jornal impresso e 15% de ler revista impressa.
Segundo a pesquisa, notícias veiculadas por jornais impressos apresentam maior nível de confiança dos entrevistados (53% afirmam confiar sempre ou muitas vezes, contra 50% do rádio e 49% da TV). A internet tem menor confiabilidade: 28% para sites e 22% para blogs.
Foram entrevistadas 18.312 pessoas em 848 municípios do país. Realizada entre outubro e novembro de 2013, a pesquisa tem margem de erro de 1 ponto percentual, para mais ou para menos.
O crescimento da internet é refletido na publicidade estatal: a Secom destinava 8% de suas verbas para a área em 2011, passando a 9,5% em 2012, 11,5% em 2013 e 15% previstos para este ano.
Entre aqueles que afirmam ler jornal durante a semana, a Folha aparece em 10º entre os mais citados (2,1%). A lista é liderada por "Extra" (7,1%) e "Super Notícia" (5,5%).