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Morre no Rio aos 69 anos, vítima de infarto, o ator e diretor José Wilker

O Vadinho de 'Dona Flor e Seus Dois Maridos' fez filmes importantes e mais de 30 novelas

Trajetória inclui direção e atividade intensa na política cultural do país; corpo será cremado hoje

DO RIO DE SÃO PAULO

O ator José Wilker, 69, morreu ontem vítima de um infarto fulminante, enquanto dormia. Ele estava na casa da namorada, a jornalista Cláudia Montenegro em Ipanema, zona sul do Rio. Médicos foram chamados, mas não conseguiram reanimá-lo.

Além de ator, Wilker também era diretor e crítico de cinema. Na sexta, ele dirigiu um ensaio da peça "O Comediante", com Ary Fontoura.

Sua última aparição na TV aconteceu na quarta-feira, no programa "Vídeo Show", da TV Globo, quando deixou registradas as marcas de suas mãos, além de um autógrafo.

Wilker deixa duas filhas: Mariana, com a atriz Renée de Vielmond, e Isabel, com a também atriz Mônica Torres. "Só tenho amor, muito amor, e agora saudades, sempre", disse Isabel ontem, em sua conta na rede Instagram.

O ator também foi casado com a atriz Guilhermina Guinle. O corpo foi velado no Teatro Ipanema, onde encenou várias peças, entre elas "O Arquiteto e o Imperador da Assíria", que lhe rendeu o Prêmio Molière em 1970.

Será cremado na tarde de hoje no Memorial do Carmo, em cerimônia fechada.

CARREIRA

Wilker viveu inúmeros papéis marcantes nos cerca de 50 filmes e 30 novelas que fez. No cinema, interpretou Vadinho, de "Dona Flor e Seus Dois Maridos" (1976) e Lorde Cigano, de "Bye Bye Brasil" (1980).

Na TV, foi Luís Roque Duarte em "Roque Santeiro" (1985) e Giovanni Improtta em "Senhora do Destino" (2004). Sua última participação em novelas foi em 2013, em "Amor à Vida", de Walcyr Carrasco.

Também encarnou personagens históricos, como Tenório Cavalcanti, em "O Homem da Capa Preta" (1986). Como diretor de TV, comandou o humorístico "Sai de Baixo" (1996) e duas novelas globais.

Nascido em Juazeiro do Norte, no Ceará, em 1944, Wilker era filho de uma dona de casa e de um caixeiro-viajante. Mudou-se ainda criança com a família para o Recife. Sua primeira experiência em dramaturgia foi aos 13, como figurante de teleteatro da TV Rádio Clube, do Recife.

A carreira começou no Movimento Popular de Cultura do Partido Comunista, onde estudou teatro, dirigiu espetáculos e fez documentários.

Chegou a cursar sociologia na PUC do Rio, mas mudou de ideia para dedicar-se ao teatro. Foi convidado por Dias Gomes para sua primeira novela, "Bandeira 2" (1971). Em 1975, protagonizou sua primeira novela, "Gabriela".

Cinéfilo, Wilker dirigiu a Riofilme (2003-08), apresentou programas sobre cinema e foi comentarista de transmissões da cerimônia do Oscar.


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