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Para pressionar Vargas, PT deve abrir comissão de ética no partido

Caso não renuncie ao mandato de deputado até terça-feira, parlamentar pode ser julgado pelos colegas já na próxima semana

A desistência quanto à sua renúncia irritou a cúpula petista, que antes não considerava expulsá-lo da sigla

MARINA DIAS DE SÃO PAULO

Como mais um esforço para pressionar o deputado André Vargas (PT-PR) a renunciar ao mandato, o PT deve instaurar uma comissão de ética no partido caso o parlamentar não abra mão de suas atividades na Câmara até a próxima terça-feira.

O presidente nacional da sigla, Rui Falcão, divulgou ontem relatório produzido por três integrantes da cúpula petista que ouviram Vargas na sexta-feira sobre suas relações com o doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato, da Polícia Federal.

Assinado por Alberto Cantalice, Florisvaldo Souza e Carlos Árabe, o documento recomenda à Executiva Nacional do partido a instauração imediata de uma comissão de ética que poderá advertir, suspender ou até mesmo expulsar Vargas do PT.

Em reunião extraordinária na próxima semana, o colegiado decidirá se segue ou não a recomendação do grupo.

A avaliação de dirigentes petistas, no entanto, é que, uma vez instalada a comissão na sigla, são grandes as chances de expulsão do deputado.

O líder do PT na Câmara, deputado Vicentinho, e Falcão já defenderam publicamente que o parlamentar abra mão do mandato o quanto antes.

Caso Vargas renuncie até terça-feira, o assunto pode ser encerrado dentro do partido, ou enviado para a avaliação do diretório municipal de Londrina (PR), onde o deputado é filiado desde 1990.

Vargas chegou a afirmar, em entrevista à Folha, que renunciaria ao mandato no início desta semana, mas voltou atrás após uma negociação fracassada com integrantes da Comissão de Ética da Câmara. Segundo interlocutores, o petista foi convencido de que a renúncia não paralisaria o processo que pode resultar em sua cassação.

Entre os parlamentares que continuam sustentando o mandato de Vargas estão Cândido Vaccarezza e José Mentor, ambos do PT-SP.

A ala petista mais à esquerda defende a renúncia imediata de Vargas desde o início das denúncias, e agora ganhou o coro da ala majoritária do partido que, assim como o ex-presidente Lula, teme os prejuízos políticos que o caso pode trazer ao PT.

Vargas se diz injustiçado diante das denúncias.


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