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Após missa, Campos se diz contra aborto
Em Aparecida, pré-candidato do PSB à Presidência promete 'posição clara' sobre o tema em programa de governo
Ex-governador classifica atual legislação como 'adequada' e diz não ver razão para alterações
O ex-governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, defendeu ontem a legislação brasileira sobre o aborto.
Em evento em Aparecida (180 km de São Paulo), Campos disse que, "como cidadão e cristão", é contra práticas que interrompam a gravidez.
"Acho que a legislação brasileira é adequada e, como cidadão, minha posição é a de todos. Não conheço ninguém que seja a favor do aborto", afirmou, depois da missa de Páscoa no Santuário Nacional de Aparecida.
Ao lado do cardeal Dom Raymundo Damasceno, presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), o ex-governador disse que a lei "já prevê as circunstâncias e os casos [em que a gravidez pode ser interrompida sem configurar crime]" e que não vê razão para que esses termos sejam alterados.
O socialista não quis falar de política e disse que seu programa de governo terá "posição clara" sobre o aborto.
Questionado acerca de sua posição pessoal a respeito do tema, o pernambucano declarou: "Como cristão, cidadão e pai de cinco filhos, minha vida já responde à pergunta."
Durante a missa, Campos ficou no altar com a mulher, Renata, e o filho Miguel, de dois meses; seus outros filhos estavam na primeira fila de cadeiras do santuário, que recebeu cerca de 25 mil fiéis.
Cinco pessoas separavam o pernambucano de Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo.
Ambos comungaram e foram chamados de "peregrinos" por d. Raymundo.
Ao final da missa, o cardeal chamou Campos e a família para um café da manhã.