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Planalto avalia que criação de CPI mista é inevitável

DE BRASÍLIA

Apesar dos esforços para circunscrever a CPI da Petrobras ao Senado, onde exerce maior controle, o Palácio do Planalto foi obrigado a mudar de estratégia e fala agora em aceitar uma investigação mais ampla, com a presença de deputados, na CPI mista.

Ontem, em reunião de ministros com a presidente Dilma Rousseff, o governo avaliou que a CPI mista é inevitável porque os "deputados não querem ficar de fora do caso".

Diante disso, e na tentativa de evitar que duas CPIs sejam instaladas, a saída será negociar com a oposição e com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a substituição da CPI exclusiva do Senado --que está mais adiantada-- por uma CPI conjunta. Até porque, com a investigação mista, o Planalto ganha mais tempo até que ela saia de fato do papel.

Integrantes da oposição não se opuseram à ideia de substituir a CPI do Senado por uma que envolva também a Câmara porque, nos cálculos internos, a presença de deputados tende a lhes dar mais margem de atuação.

A estratégia dos petistas será indicar os membros da CPI mista em reunião convocada para hoje por Renan.

Na CPI mista, a ordem do governo é tirar Dilma do foco da CPI. Em seu programa de rádio "Café com a Presidente", Dilma disse que o governo irá apurar e combater a corrupção e acusou opositores de fazer "campanha negativa" contra a Petrobras.

Em outra frente, Renan recorreu no STF contra despacho da ministra Rosa Weber que determinou que a CPI trate exclusivamente de denúncias envolvendo a Petrobras.

Segundo o documento assinado pelos advogados do Senado, a deliberação sobre o conteúdo de uma CPI é um assunto interno do Congresso. O texto afirma que a decisão de Rosa "cuida-se de inadmissível e grave ingerência de um Poder sobre o outro, sem o mínimo de respaldo" da Constituição.

Para tentar enfraquecer a CPI e constranger adversários, o Planalto defendia que a comissão também investigasse o cartel em obras do metrô de São Paulo durante governos do PSDB e ilegalidades no Porto de Suape durante gestão do PSB, de Eduardo Campos, em Pernambuco. (NATUZA NERY, GABRIELA GUERREIRO, MÁRCIO FALCÃO E TAI NALON)


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