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Manobras adiam CPIs para o período da Copa

Nesse ritmo, comissões teriam de trabalhar durante recesso, quando nem há votações

GABRIELA GUERREIRO DE BRASÍLIA

Devido a sucessivas manobras articuladas pelo Palácio do Planalto e pela base governista no Congresso, as investigações das CPIs da Petrobras no Congresso correm o risco de só começar às vésperas da Copa do Mundo, que tem início no dia 12 de junho.

No atual ritmo, os trabalhos tendem a se desenvolver perto do Legislativo entrar em "recesso branco", com apenas uma semana de atividades previstas para a Câmara e o Senado no mês de junho.

O ritmo reduzido de trabalhos vai até o fim de outubro, após o segundo turno das eleições. O calendário especial foi antecipado para que congressistas possam assistir aos jogos da Copa. Em ano eleitoral não há votações no Congresso a partir de julho.

Com o apoio do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o governo pretende protelar o início das investigações para que o esvaziamento natural do Congresso inviabilize os trabalhos.

A CPI da Petrobras exclusiva do Senado só vai começar de fato a funcionar no dia 20 de maio. Renan tem até quarta-feira para indicar os três membros da oposição que vão integrar a comissão. PSDB e DEM se recusaram ontem a escolher os nomes porque defendem a CPI mista.

"É um protesto político nosso, não vamos participar dessa farsa. Quem o senador indicar não vai participar da CPI", disse o líder do PSDB, Aloysio Nunes Ferreira (SP).

O governo insiste que a CPI exclusiva do Senado deve ser instalada no Congresso ao lado da CPI do cartel do Metrô de São Paulo, apresentada pelo PT em retaliação às investigações que podem atingir a Petrobras. Renan ainda não pediu oficialmente aos partidos para indicarem os membros da CPI do Metrô.

Em maior número --com 10 das 13 cadeiras--, os governistas têm mais chances de controlar as investigações na CPI da Petrobras do Senado. A oposição promete divulgar os nomes dos partidos que não indicarem os membros da comissão mista. Até agora, PT, Pros e PSD não escolheram os deputados que vão participar dessa investigação.


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