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Sabatina Folha - Gilberto Kassab

Eu não teria problema em ser vice de Alckmin

EX-PREFEITO NÃO VÊ INCOERÊNCIA EM APOIAR O PT À PRESIDÊNCIA E O PSDB AO GOVERNO DE SP

DE SÃO PAULO

Pré-candidato ao governo de São Paulo, o ex-prefeito Gilberto Kassab (PSD-SP) admitiu ontem que seu partido pode desistir de lançar seu nome em troca de uma composição com o PSDB, do governador Geraldo Alckmin, ou com o PMDB, de Paulo Skaf. Ele afirmou ainda que "não teria nenhum problema em ser vice" do tucano, que concorrerá à reeleição.

Para Kassab, uma eventual aliança com os tucanos no maior colégio eleitoral do país não fragilizaria seu apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Ele disse não haver "incompatibilidade" em apoiar PT e PSDB.

As declarações foram dadas durante sabatina promovida pela Folha e o UOL, ambos do Grupo Folha, em parceria com o SBT e a rádio Jovem Pan. Os jornalistas Ricardo Balthazar, editor do caderno "Poder" da Folha, Josias de Souza, blogueiro do UOL, Patrick Santos, da Jovem Pan, e Fábio Diamante, do SBT, conduziram a sabatina.

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Vice

Kassab disse que sua candidatura é fruto de um entendimento "majoritário", mas atribuiu a alas dissidentes o início das conversas em nome da composição com o PSDB ou o PMDB. Segundo ele, um acordo com qualquer um dos dois seria natural e não teria "nenhuma incompatibilidade do ponto de vista ideológico".

"Queremos candidatura própria, mas existem, sim, entendimentos [com outras siglas]. Eu não teria nenhum problema em ser vice do governador Geraldo Alckmin. Ele é uma pessoa digna. Se em alguns momentos divergi dele, em outros, convergi."

Aliança com PT e PSDB

O ex-prefeito disse não haver incoerência na defesa de acordos tanto com o PT quanto com o PSDB, os partidos que mais rivalizam no cenário político nacional. Ele justificou os acordos como produtos da circunstância em que o PSD foi criado, reunindo dissidentes de várias siglas.

"Todos os partidos fazem alianças. Nós não podemos ter uma amarração de cima para baixo por conta dos compromissos eleitorais firmados em 2010 por líderes que se filiaram ao PSD e que vão ser respeitados. Em 2018 quero que todos os Estados tenham candidatura."

Governos longos

O ex-prefeito, que já havia criticado a longevidade dos tucanos no governo de São Paulo, mudou o tom. Confrontado pelos entrevistadores sobre o apoio a Dilma, cujo partido está no poder há 12 anos, disse que "um bom governo deve continuar". "E o bom governo é sempre comparativo às alternativas que se apresentam. O governo Dilma é um governo de 12 anos. O do Alckmin, de 20. Se ambos, no âmbito da comparação, tiverem do eleitor uma consideração de que são melhores que as alternativas, merecem continuar."

Reprovação na prefeitura

Kassab atribuiu a desaprovação de sua gestão à eleição de 2012. "Numa cidade como São Paulo, quando o prefeito não concorre e você tem sete candidatos na oposição, você tem ressaltados os problemas da cidade." Ele insinuou que a comparação com a gestão de Fernando Haddad favorecerá sua reavaliação e disse que o petista mostrou "poucos resultados". "Estou preparando dentro do partido uma equipe para que, a partir de janeiro, a gente possa começar a comparar os resultados."

Racionamento

Kassab, que já havia dito que faltou planejamento à gestão Alckmin, atribuiu ontem aos governos dos "últimos 40 anos" no Estado a responsabilidade pela crise hídrica. Para ele, faltou investimento no setor. Disse ainda que não iria "fulanizar" a questão, uma das mais delicadas na eleição deste ano e que, se fosse governador, também não decretaria o racionamento.

"Realizamos internamente no partido seminários para compreender o que está acontecendo. A questão do racionamento é delicada. Ele causa alguns transtornos na rede quando retoma a circulação de água. A rede é velha, sucateada e precisa ser reformada. Em princípio eu também não adotaria, mas implantaria com mais antecedência políticas mais rigorosas de incentivo à economia de água", afirmou.

ISS

O ex-prefeito reagiu quando questionado sobre a máfia de fiscais da prefeitura paulistana, descoberta por Fernando Haddad, e que atuou durante sua gestão. "Todos os casos, denúncias que chegaram à nossa administração foram investigados. Nesse caso especial a apuração começou no nosso governo. Criamos na nossa gestão a Corregedoria. As armas que tinha à disposição, usei e usei bem."


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