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A Copa como ela é

Vandalismo motivou demissão, diz Alckmin

Governador de SP afirma que punição a 42 metroviários não foi em decorrência da greve, mas de outros 'fatos graves'

Funcionários pedem que governo desista dos desligamentos e decidem nesta quarta se voltam a parar

DE SÃO PAULO

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta terça-feira (10) que as demissões dos 42 metroviários que participavam de uma greve foram motivadas por atos de vandalismo, e não pela paralisação.

O sindicato nega qualquer ato de vandalismo desde o início do movimento, no último dia 5, e diz que as acusações são uma tentativa de colocar a população contra os funcionários.

Alckmin também voltou a negar a possibilidade de rever as demissões, como pedem os grevistas. Nesta quarta (11), eles decidem se voltarão a parar no dia da abertura da Copa do Mundo, caso o governo não ceda.

"As demissões ocorridas não foram em razão de greve. Elas foram em razão de outros fatos, e fatos graves, como invasão de estação, de depredação, vandalismo", afirmou o governador.

O Metrô não divulgou os nomes dos demitidos e a razão de cada punição, mas afirmou que todos participaram de arrombamentos, forçaram a saída de passageiros dos vagões e usaram indevidamente o aviso sonoro.

A empresa informou ainda que houve agressão a trabalhadores e que tem imagens e testemunhas do ocorrido.

Camila Lisboa, 29, diretora de base do sindicato dos metroviários e uma das demitidas, nega qualquer depredação ou ato violento.

"O trem parava e a gente ficava na porta pra ele não andar. Desafio o governo a apresentar alguma prova", diz.

NEGOCIAÇÃO

A assembleia dos metroviários está marcada para às 18h30, após uma nova reunião com o Metrô no Ministério Público do Trabalho.

Caso retomem a greve, a Justiça do Trabalho pode elevar o valor de R$ 900 mil já bloqueado do sindicato devido à última paralisação.

Para o sindicato dos engenheiros, também envolvido no movimento, foi decidido bloqueio de R$ 400 mil.

"Para o tribunal, a questão está encerrada. Cabe ao sindicato cumprir a ordem", afirmou o desembargador Rafael Pugliese Ribeiro, que julgou a greve no domingo.

O reajuste determinado pela Justiça foi de 8,7% --o mesmo percentual proposto pelo Metrô. A categoria, cujo piso é de R$ 1.323,55, pedia 12,2%.

Em 2013, os metroviários receberam aumento de 8%, ante inflação de 7,2% (INPC).

Em evento em São Paulo nesta terça-feira, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a revisão da demissão dos grevistas pelo governo estadual.

"Eu acho que a dispensa pode ser revista se houver maturidade dos trabalhadores e do governador para conversar", afirmou o petista.


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