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Ex-governador Marcello Alencar morre aos 88 anos

Político do PSDB governou o Estado do Rio após rompimento com Brizola

Advogado de presos políticos durante a ditadura militar, Alencar teve direitos cassados pelo AI-5

DO RIO

O ex-governador e ex-prefeito do Rio Marcello Alencar, do PSDB, morreu nesta terça-feira (10), aos 88 anos.

Ele se tornara inicialmente conhecido como advogado de presos políticos durante a ditadura militar (1964-1985). Teve como clientes, entre outros, o então líder estudantil Vladimir Palmeira, para quem conseguiu habeas corpus em 1968.

Alencar foi suplente do senador Mário de Sousa Martins pelo extinto Estado da Guanabara quando era filiado ao MDB, partido de oposição à ditadura militar, e assumiu o mandato durante alguns meses em 1967.

Teve seus direitos políticos suspensos pelo AI-5 (Ato Institucional nº 5), em 13 de dezembro de 1968.

Aliado do ex-governador do Rio Leonel Brizola, foi nomeado prefeito da capital fluminense em 1983. Em 1988, na primeira eleição direta para as prefeituras das capitais após o fim da ditadura, Alencar ganhou, nas urnas, novo mandato como prefeito do Rio.

Ele assumiu o governo carioca após o colapso da gestão de Roberto Saturnino Braga e ganhou reputação de bom administrador. Uma das marcas de sua gestão foi a implantação do Rio-Orla, projeto de recuperação de calçadões e construção de ciclovias na faixa litorânea.

Em 1994, após rompimento com Brizola, elegeu-se governador do Estado pelo PSDB. Seria o seu último mandato.

Desde que teve um AVC (acidente vascular cerebral) em 2002, ele sofria com sequelas e se locomovia em uma cadeira de rodas, mas nunca se afastou da política.

O senador Aécio Neves (MG), pré-candidato do PSDB a presidente, divulgou nota lamentando a morte de Alencar. "O Rio de Janeiro e o Brasil perdem um político sério, um homem honrado e um defensor dos direitos humanos. O ex-governador foi um dos fundadores do PSDB e um lutador pela democracia. Mesmo adoentado, ele se manteve lúcido e atuante politicamente", afirmou.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), que foi correligionário de Alencar no PSDB, destacou o legado do ex-prefeito e ex-governador. "Duas vezes prefeito do Rio, saneou as contas do município e transformou a paisagem da cidade maravilhosa. Como governador, abriu vias importantes e ampliou o metrô, deixando um legado de desenvolvimento. Para mim, foi uma referência e uma inspiração desde o início da minha vida pública", disse Paes.

Alencar morreu em casa, em São Conrado (zona sul do Rio), às 4h15. A causa da morte não foi informada. O velório será no Palácio da Cidade nesta quarta-feira (11), das 9h às 14h. O corpo dele será cremado no Cemitério do Caju.


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