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A Copa como ela é

'Black blocs' se infiltram em atos e enfrentam polícia em São Paulo

Protestos foram menores que o esperado, mas violentos; jornalistas da CNN ficaram feridas

PM usou bombas de gás e balas de borracha para impedir manifestantes de atrapalharem acesso à abertura da Copa

DE SÃO PAULO

Um grupo de cerca de cem "black blocs" se infiltrou em duas manifestações na zona leste de São Paulo para fazer depredações na manhã desta quinta (12), horas antes da abertura da Copa do Mundo.

A Polícia Militar agiu com força para evitar o fechamento da Radial Leste, via de acesso ao Itaquerão --os atos ocorreram a cerca de 11 km do estádio. A corporação destacou um grande efetivo, inclusive homens da Cavalaria. O número não foi informado.

Veículos de imprensa internacionais cobriram os atos, alguns deles ao vivo.

Duas estações de metrô e um shopping foram fechados, cinco carros tiveram os vidros quebrados e placas de trânsito foram arrancadas. Ao menos 11 pessoas se feriram, entre elas duas jornalistas da CNN, e dois manifestantes foram presos acusados de portar artefatos suspeitos.

A PM disse que os "black blocs" forçaram o confronto.

Os protestos foram bem menores do que o anunciado. O grupos anti-Copa, por exemplo, prometiam levar ao menos 3.000 pessoas às ruas.

Os atos estavam marcados para as 10h. Na estação Carrão, o "Grande Ato Não Vai Ter Copa" foi feito por grupos contra o Mundial. No Tatuapé, metroviários cobravam a readmissão de 42 grevistas.

No começo do ato contra a Copa, a PM ordenou que os manifestantes liberassem uma via próxima à Radial. O grupo se recusou --a intenção era marchar até o Itaquerão. A Tropa de Choque usou bombas de gás e balas de borracha e dispersou os ativistas.

"Black blocs" que estavam entre eles foram para o ato dos metroviários. No trajeto, o grupo, que prega a destruição em protestos, depredou carros e atirou pedras em casas e policiais, além de danificar telefones públicos.

A PM encurralou o grupo na rua do sindicato --metroviários se refugiaram no prédio.

À tarde, ativistas ainda enfrentaram a PM na Radial Leste, que foi fechada por 30 minutos, e na estação Tatuapé. Nesse momento, torcedores já se dirigiam ao Itaquerão.

Durante o dia, a PM deteve 33 pessoas. Entre elas, 29 jovens na entrada da Unesp na Barra Funda. Eles portavam máscaras de gás, canivete e vinagre, e fariam ato no metrô, disse a polícia.


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