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Insatisfeito, PTB abandona Dilma para apoiar Aécio

Partido de Roberto Jefferson, que era dado como certo na aliança governista, anunciará mudança de lado hoje

Petebistas estavam contrariados desde o início do ano, quando ficaram para trás na reforma ministerial

BERNARDO MELLO FRANCO EDITOR INTERINO DO PAINEL DANIELA LIMA MÁRCIO FALCÃO DE SÃO PAULO

Na véspera da convenção petista que lançará a campanha de Dilma Rousseff à reeleição neste sábado (21), o PTB decidiu deixar a coligação da presidente para apoiar o rival Aécio Neves (PSDB).

A reviravolta transfere para o tucano cerca de 40 segundos em cada bloco de propaganda eleitoral na TV.

Além disso, representa um baque no momento em que Dilma tenta mostrar força e estancar a queda nas pesquisas de intenção de voto.

O apoio dos petebistas era dado como certo no comitê da presidente. Em maio, ela foi à sede do partido para celebrar a união em almoço.

O PTB, no entanto, estava contrariado com o Planalto desde o início do ano. Seus dirigentes se sentiram preteridos na reforma ministerial, feita justamente para ampliar o tempo de Dilma na TV.

Por semanas a fio, o partido ouviu que seu presidente, o ex-deputado Benito Gama (BA), seria nomeado para o Ministério do Turismo.

Dilma trocou os ocupantes de diversas pastas sem cumprir a promessa. Irritado, Gama disse no início de fevereiro que abria mão do cargo.

O petebista já ocupava uma vice-presidência do Banco do Brasil desde junho de 2013. Recentemente, saiu para disputar vaga na Câmara.

O partido foi recompensado com outro cargo de segundo escalão: a vice-presidência corporativa da Caixa Econômica Federal, para a qual foi nomeado Luiz Rondon.

O apoio do PTB a Aécio era defendido desde o ano passado pelo ex-deputado Roberto Jefferson, que está preso no Rio e presidiu o partido até ser condenado no processo do mensalão.

Ele foi obrigado a ceder à maioria da bancada no Congresso, que preferia apoiar Dilma e manter boas relações com o Planalto.

VIRADA

Nas últimas semanas, a tese de apoio a Aécio ganhou força entre ex-dilmistas como Gim Argello (DF), que lidera um bloco de 11 senadores. Ele selou aliança local com os ex-governadores Joaquim Roriz e José Roberto Arruda, dois rivais históricos do PT.

Benito Gama abraçou a ideia, após colecionar exemplos de insatisfação com os petistas em diversos Estados.

Aécio festejou a decisão e telefonou para agradecer a alguns dirigentes do PTB na noite desta sexta (20).

O tucano tinha poucas esperanças de atrair o PTB para a sua chapa à Presidência. Ele concentrava esforços na tentativa de tirar outros três partidos da coalizão de Dilma: PSD, PP e PR.

Um ato deve ser realizado ainda neste sábado (21) para formalizar a nova aliança.


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