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Justiça ordena que ativistas continuem presos

Protestos na USP e av. Paulista pediram soltura de manifestantes detidos na segunda

DE SÃO PAULO

Os dois manifestantes detidos na segunda-feira (23) durante protesto na avenida Paulista tiveram a prisão em flagrante convertida em preventiva pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

Isso que significa que o professor de inglês Rafael Marques Lusvarghi, 29, e o estudante e servidor da USP Fábio Hideki Harano, 26, ficarão encarcerados até o julgamento do caso, sem prazo determinado, ou até a concessão de habeas corpus.

Nesta quinta (26), manifestantes fizeram dois protestos pela libertação dos dois.

Eles são acusados de cinco crimes, entre eles o de associação criminosa, cuja pena varia de 1 a 8 anos de prisão.

Lusvarghi deve permanecer preso no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pinheiros, na zona oeste, e Harano, no presídio de Tremembé (a 147 km de São Paulo).

Também na quinta, as defesas entraram com pedidos de habeas corpus, que ainda serão analisados pela Justiça.

MANIFESTAÇÕES

Pela manhã, cerca de 350 funcionários da USP fecharam o portão principal da universidade, na zona oeste, e marcharam até o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual, no Morumbi.

O protesto também pedia a abertura de negociação de reajuste salarial da categoria. Parte dos professores e funcionários da USP está em greve contra a proposta da reitoria de congelar a discussão pelo menos até setembro.

Após serem recebidos por uma comissão da Casa Civil do governo, os manifestantes encerraram o ato após agendarem um encontro com o titular da Segurança, Fernando Grella, no final da tarde.

Procurada, a secretaria não soube informar se a reunião chegou a ocorrer.

Às 17h, um grupo de ativistas deu início a um outro protesto na avenida Paulista.

Após fecharem a pista no sentido Consolação e se negarem a informar o itinerário da manifestação, os ativistas foram impedidos pela Polícia Militar de iniciar a passeata.

Parte do grupo jogou bola na via, enquanto outra se amordaçou e mostrou cartazes com a frase "Ditadura Não". Cercados pela cavalaria e pela "tropa do braço" --que atua sem armas--, os manifestantes ficaram concentrados em frente ao museu até as 20h35, quando a polícia pediu a liberação da avenida.

Cantando "Que vergonha deve ser, reprimir trabalhador para ter o que comer", o grupo deixou a via, que foi liberada em seguida ao trânsito.


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