Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

A Copa como ela é

Restaurantes ficam 'às moscas' no Mundial

Após investirem em telões, donos reclamam do baixo movimento em SP, mesmo em áreas frequentadas por turistas

Em alguns locais, clientela está menor do que antes da Copa; em outros, aumento foi abaixo do esperado

MONIQUE OLIVEIRA DE SÃO PAULO

Telão, decoração verde-amarela e cardápio típico não foram suficientes para levar torcedores da Copa às mesas dos restaurantes paulistanos.

Enquanto bares ficam lotados, proprietários e gerentes reclamam do baixo movimento em seus estabelecimentos, que chega a ser inferior ao de antes do Mundial.

"Os Jardins estão às moscas", brinca Hugo Delgado, sócio e diretor do restaurante Obá, sobre a região nobre nos arredores da Paulista.

Perto dali, no Brasil a Gosto, especializado na cozinha local, a frequência tem sido "baixíssima". "Nos preparamos para os jogos, mas recebemos só alguns grupos", diz Gilvane Rebelo, gerente.

Nem mesmo os restaurantes da badalada Vila Madalena, na zona oeste, têm lucrado com os visitantes.

"Em um dos jogos, dez turistas meio tontos' entraram aqui", conta Meire Araújo, gerente do Allez, Allez!. "Quando viram que não tinha chope, desistiram."

Segundo a chef Andrea Kaufmann, proprietária do AK Vila, o restaurante fechou em algumas partidas. "Eu não esperava lá grandes coisas. Mas não pensei que fosse ser essa tragédia'", diz.

Uma das possíveis razões para a baixa procura é a agitação das ruas, que afasta os frequentadores mais assíduos. "Os clientes fogem do telão", diz Delgado, do Obá.

Segundo a Abrasel-SP (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), já era esperado que restaurantes não lucrariam tanto quanto os bares --que registram 80% de alta no faturamento durante os jogos do Brasil, de acordo com os números da entidade.

Já para a ANR (Associação Nacional dos Restaurantes), há um equilíbrio. "Há aumento de movimento um dia antes nas cidades que sediam os jogos", avalia o presidente, Cristiano Melles.

NEM TÃO RUIM

Mesmo quem afirma não ter notado queda na clientela admite que o movimento da Copa não está sendo tão bom quanto o esperado.

No centro, o Dona Onça instalou duas tevês e pintou os vidros com desenhos e gritos de torcida. Não adiantou.

"O movimento é ruim durante os jogos do Brasil, chega a ser 90% menor", afirma a gerente, Ligia Morais.

O Capim Santo, nos Jardins, diz que houve aumento no número de clientes, mas sem grande diferença na quantidade de turistas. "Já recebemos muitos estrangeiros normalmente", diz Daniela De Luca, diretora.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página