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Presidente distancia-se de elo com empresariado

DE BRASÍLIA

A presidente Dilma Rousseff, após conselho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a se aproximar do empresariado, com reuniões frequentes no Palácio do Planalto e atendimento pontual de demandas, mas distanciou-se daquele que era seu mais próximo interlocutor no mundo empresarial: Jorge Gerdau, presidente do conselho do Grupo Gerdau.

Motivo: intrigas eleitorais. Um executivo relatou a Dilma ter ouvido Gerdau chamar o tucano Aécio Neves de "meu presidente" durante jantares com empresários.

Depois, chegou ao Palácio do Planalto a informação de que o empresário passou a se aproximar também do outro adversário da petista, o pessebista Eduardo Campos.

Interlocutores de Jorge Gerdau dizem que o relato passado à presidente deve ter sido feito fora do contexto.

O fato é que a informação chateou a presidente Dilma, que colocava o empresário como seu principal ponto de contato com o setor privado na fase inicial de governo.

Coincidência ou não, a promessa de voltar a reunir a Câmara de Gestão e Competitividade, presidida por Jorge Gerdau, não se cumpriu.

O órgão, criado por Dilma por sugestão do empresário gaúcho, teve sua última reunião no final do ano passado. Neste ano, nenhum encontro foi realizado ainda.

Oficialmente, a paralisia da Câmara de Gestão é atribuída à agenda carregada neste ano eleitoral. Reservadamente, assessores admitem que não é de hoje que a presidente está chateada com Gerdau. A insatisfação começou depois que ele deu entrevistas criticando a quantidade de ministérios, chegando a usar o termo "burrice" e defendendo um corte de pastas.

Além disso, membros da campanha dilmista afirmam que Gerdau "pisou na bola'' quando sugeriu durante o Fórum da Liberdade, em abril, que a população se "rebelasse'' contra a falta de infraestrutura no país.

A relação da presidente com os empresários foi se desgastando ao longo do governo. Nos dois últimos anos, representantes de diversos setores passaram a fazer críticas à presidente em privado, principalmente ao seu estilo centralizador e à sua equipe econômica.

ALVOS

Os alvos preferencias são Guido Mantega (Fazenda) e Arno Augustin (Tesouro). Os empresários chegaram, inclusive, a se queixar da política econômica do governo com o ex-presidente Lula.

Diante das seguidas críticas à sua sucessora, o próprio Lula passou a criticá-la por se distanciar do setor privado e sugeriu que ela retomasse o diálogo com o empresariado, o que ela começou a fazer nos últimos dois meses.


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