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Gastos de candidatos a governador podem atingir R$ 2,1 bilhões

Somadas, as 85 principais campanhas estimaram teto de R$ 1,8 bi em 2010; despesa final costuma ser menor

Skaf, que vai disputar o governo paulista pelo PMDB, prevê custo de até R$ 95 milhões, o mais alto do país

FELIPE BÄCHTOLD DE PORTO ALEGRE CRISTINA CAMARGO DHIEGO MAIA JULIANA COISSI DE SÃO PAULO

Os principais candidatos a governador preveem gastar nas eleições uma quantia equivalente ao custo de três dos estádios da Copa.

A previsão de despesas de 85 candidaturas estaduais soma R$ 2,1 bilhões, segundo levantamento da Folha. Cada arena do Mundial custou, em média, R$ 674 milhões.

Em 2010, os 85 candidatos mais importantes dos 26 Estados e do DF informaram tetos de R$ 1,4 bilhão, ou R$ 1,8 bilhão em valores corrigidos.

Apesar do teto previsto, os candidatos acabaram gastando R$ 741 milhões (R$ 939 milhões com a correção).

No cálculo, a Folha considera apenas as campanhas mais competitivas. Em 2010, foi apresentado um total de 167 candidaturas. O número deste ano não era conhecido até a conclusão desta edição.

Na eleição de 2010, só seis candidatos a governador estimaram custos acima de R$ 40 milhões. Neste ano, o número saltou para 14.

O candidato que previu mais gastos na eleição passada foi o atual governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), com R$ 58 milhões.

Neste ano, ele e seus principais concorrentes, Paulo Skaf (PMDB) e Alexandre Padilha (PT), estimam orçamentos na casa de R$ 90 milhões.

O peemedebista estipulou R$ 95 milhões, valor mais alto do país. Quatro anos atrás, a candidatura a presidente do tucano José Serra, por exemplo, custou R$ 106 milhões.

A "inflação eleitoral" não se restringe aos maiores colégios eleitorais. No Ceará, os dois principais concorrentes estão entre os dez do país com maiores valores. No Maranhão, Lobão Filho (PMDB) estima gastar até R$ 55 milhões.

Até Estados com pequeno eleitorado devem ter candidaturas caras. Em Rondônia, Jaqueline Cassol (PR) estima custos de até R$ 20 milhões, número superior ao projetado pelo atual governador gaúcho, Tarso Genro (PT), que tentará a reeleição.

Segundo a equipe de Cassol, as longas distâncias entre os municípios do Estado encarecem a candidatura.

"Não tem como fazer campanha sem deslocamento aéreo", diz o contador da candidata, João Altair Santos.

O DOBRO

No Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), que tentará a reeleição, dobrou sua previsão em relação a 2010 --a atual é de R$ 70 milhões.

Em Minas, o PSDB de Pimenta da Veiga estima R$ 60 milhões. Há quatro anos, informou R$ 35 milhões para eleger Antonio Anastasia.

Em Alagoas, a sigla estipulou teto de R$ 40 milhões na campanha de Eduardo Tavares. "Entram [na conta] diversos fatores, como alta de custos e reajustes naturais. Foi usada a referência da eleição anterior e a inflação de material de gráfica, de produtora de TV", diz Pedro Vilela, presidente do PSDB no Estado.

O limite de despesas na eleição precisa ser informado aos Tribunais Regionais Eleitorais no ato do registro da candidatura. Se ultrapassado, pode haver punição.

Os candidatos, porém, costumam arrecadar bem menos do que os tetos estimados.

A legislação prevê que o Congresso fixe um limite de gastos, mas essa medida não costuma ser adotada.


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