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Plínio de Arruda Sampaio morre em SP

Candidato a presidente da República pelo PSOL em 2010, ele tinha 83 anos e lutava contra um câncer nos ossos

Socialista deixou o PT em 2005, desiludido com o mensalão; enterro será às 15h no Cemitério do Araçá

BERNARDO MELLO FRANCO EDITOR INTERINO DO PAINEL ADRIANA FARIAS DE SÃO PAULO

Morreu nesta terça-feira (8), em São Paulo, o deputado Plínio de Arruda Sampaio, 83. Ele foi candidato a presidente da República em 2010, pelo PSOL, e ficou em quarto lugar, com 886 mil votos.

O socialista estava internado havia mais de um mês para tratar um câncer nos ossos. Faleceu por volta das 15h, no hospital Sírio-Libanês.

O filho Francisco de Azevedo Arruda Sampaio, 58, contou que ele teve broncopneumonia, que provocou a falência de múltiplos órgãos.

"Foi uma luta intensa, uma hospitalização longa. Não foi uma coisa inesperada, mas entristece todos nós", disse.

O velório ocorrerá nesta quarta (9), às 8h, na igreja São Domingos, em Perdizes, zona oeste de São Paulo. O enterro será no Cemitério do Araçá, às 15h.

Ícone da esquerda católica, Plínio era um dos políticos mais identificados com a causa da reforma agrária. Era, também um dos últimos remanescentes do período anterior à ditadura militar.

Em 1964, quando o golpe derrubou o presidente João Goulart, teve cassado o mandato de deputado pelo antigo PDC (Partido Democrata Cristão). Exilou-se no Chile e só voltou ao Brasil em 1976.

Em 1981, filiou-se ao recém-fundado PT. Voltou à Câmara em 1985, como suplente de Eduardo Suplicy, e se elegeu no ano seguinte para o último mandato, como deputado constituinte.

Atuou na coordenação da primeira campanha de Lula ao Planalto, em 1989, e concorreu ao governo de São Paulo no ano seguinte.

Deixou o PT em 2005, desiludido com o escândalo do mensalão. Ajudou a fundar o PSOL, no qual disputou o governo novamente em 2006.

Em 2010, aos 80 anos, lançou-se em uma espécie de anticandidatura à Presidência. Com tiradas bem-humoradas, virou atração dos debates presidenciais, mas não conseguiu se aproximar de Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV).

Com a saúde debilitada, acompanhava à distância a corrida presidencial de 2014.

REAÇÕES

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou que Plínio foi "um homem público de convicções" e "dedicou sua vida a um Brasil justo, solidário e democrático".

O presidente do PT, Rui Falcão, disse que o ex-colega foi "fundamental" ao partido. "Fará muita falta, especialmente aos movimentos sociais, sindicais e aos homens e mulheres de esquerda."

Para o ex-governador José Serra (PSDB), Plínio foi "estudioso e coerente na prática de suas ideias". "Ou seja, um político incomum", resumiu.

O socialista deixa a mulher, Marietta, e seis filhos.


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