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Tragédia na eleição

Pernambuco espera 100 mil para funeral

Restos mortais de Campos e assessores devem chegar ao Recife na noite deste sábado e enterro está previsto para domingo

Presidente Dilma, Lula e governadores irão à cerimônia; túmulo da família Arraes foi reformado

FERNANDO CANZIAN ENVIADO ESPECIAL AO RECIFE

"Não vou conseguir entrar aqui no domingo. Por isso vim hoje. O Eduardo (Campos) foi enviado por Deus para melhorar o planeta Terra. Não entendo porque se foi."

Nilza Cordeiro Soares, 59, acompanhava exasperada nesta sexta-feira (15) a reforma e ampliação do túmulo da família Arraes, onde o ex-governador de Pernambuco deve ser enterrado no domingo.

Ela decidiu se antecipar à romaria que pode reunir mais de 100 mil pessoas no centro do Recife neste final de semana, segundo expectativa do governo de Pernambuco.

Todos os governadores do país anunciaram intenção de participar da missa campal, do velório ou do enterro de Eduardo Campos, morto na última quarta (13). Assim como os 184 prefeitos do Estado, muitos deles levando caravanas de ônibus e vans com assessores e políticos.

A presidente Dilma Rousseff, autoridades e o ex-presidente Lula também devem comparecer. A chegada dos restos mortais de Campos e de três assessores que estavam com ele no avião que caiu em Santos (SP) está prevista para as 20h deste sábado (16) na Base Aérea do Recife.

De lá, devem seguir em um carro dos bombeiros pelas principais avenidas, passando pela orla de Boa Viagem, até o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo, onde serão velados juntos.

Se o cronograma vingar, haverá missa campal em frente ao palácio às 10h de domingo, na Praça da República, e o enterro, por volta das 17h.

O cemitério de Santo Amaro, onde Campos e um de seus assessores, Carlos Percol, serão sepultados, costuma receber cerca de 50 mil pessoas no dia de Finados. Seu recorde foi há nove anos, no enterro do avô de Campos, Miguel Arraes, morto também num 13 de agosto: 80 mil pessoas.

Arraes foi o primeiro a ocupar a tumba, modesta, coberta por grama e rodeada de icsórias laranjas. Depois, em 2010, um tio de Eduardo Campos foi enterrado ali.

Como não há mais espaço no nível do chão, nesta sexta foi acrescentado um "andar" para os restos mortais de Campos. Flores foram removidas e lápides, restauradas. Tudo seria colocado em ordem até domingo, agora com nova cobertura de mármore.

"Não ficarei surpreso com mais de 150 mil pessoas no entorno", disse Petrus Tejo, chefe da Divisão de Necrópoles da Prefeitura do Recife, enquanto dava ordens no local.

Segundo ele, haverá um cordão de isolamento em torno do túmulo para preservar familiares e autoridades e um grande andaime estava sendo erguido para acomodar fotógrafos e cinegrafistas.

Para o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco, José Patriota, prefeitos da situação e oposição estão "totalmente mobilizados" para prestar uma última homenagem a Campos.

"Daqui vamos com um ônibus e duas vans. Se precisar de mais, a gente leva mais", diz o prefeito de Afogados da Ingazeira (371 km do Recife).


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