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Conselho de Ética pede cassação de deputado federal ligado a doleiro

Advogados de André Vargas afirmam que houve cerceamento da defesa e vão recorrer

DE BRASÍLIA

Por unanimidade, o Conselho de Ética da Câmara aprovou nesta quarta-feira (20) a recomendação para que o mandato do deputado André Vargas (sem partido-PR) seja cassado devido ao seu envolvimento com o doleiro Alberto Youssef.

A defesa irá recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Os advogados alegam que houve cerceamento da defesa nos depoimentos de testemunhas e no acesso aos documentos do inquérito a que Vargas responde no Supremo Tribunal Federal.

Eles têm cinco dias para apresentar o recurso e a CCJ tem outros cinco dias para analisá-lo. No entanto, como a Câmara está em recesso branco devido ao período eleitoral, a comissão só deve tratar do caso em setembro.

Se a CCJ avaliar que não houve qualquer problema no Conselho de Ética, ela irá encaminhar o parecer do relator Júlio Delgado (PSB-MG) para a presidência da Casa.

Caberá ao presidente, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), colocar o tema em pauta, mas não há prazo para isso acontecer. Para que Vargas perca o mandato, é preciso que 257 deputados, dos 513, votem a favor do parecer.

Vargas responde ao processo por quebra de decoro parlamentar devido ao seu envolvimento com o doleiro Alberto Youssef. Em um dos episódios, o deputado viajou em um jatinho emprestado pelo doleiro, caso revelado pela Folha.

Ele também é acusado de usar sua influência junto ao Ministério da Saúde para viabilizar contrato da Labogen, empresa que seria controlada por Youssef, com o órgão.

Em seu relatório, Delgado considerou que Vargas fez parte de uma "imensa rede criminosa especializada na lavagem de dinheiro e na evasão de divisas". Vargas não compareceu à reunião. Em nota, afirmou que o processo foi "conduzido com açodamento e politização excessiva".


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