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Eleições 2014

Dilma quer evitar confronto com Marina em debate na TV

Petista pretende deixar que Aécio Neves polarize com a candidata do PSB

Assessores acreditam que Marina, substituta de Eduardo Campos, não será alvo de ataques agressivos

DE BRASÍLIA DE SÃO PAULO

Líder nas pesquisas de intenção de voto, a presidente Dilma Rousseff (PT) pretende evitar o confronto direto com Marina Silva (PSB) nesta terça-feira (26), durante o primeiro debate dos presidenciáveis na TV, promovido pela Rede Bandeirantes e que vai ao ar às 22h.

A petista, seguindo estratégia traçada pelo comitê da campanha, deve adotar uma linha mais defensiva que ofensiva e deixar que o tucano Aécio Neves polarize com a candidata do PSB.

Na segunda-feira (25), Dilma reuniu assessores no Palácio da Alvorada para se preparar para o debate. Apesar de internamente avaliarem que Marina já é a segunda colocada nas pesquisas, petistas defendem que a candidata adie ao máximo o enfrentamento com a ex-senadora.

"Será inevitável, mas não será agora", diz um integrante do governo. Nesta terça, está prevista a divulgação de uma nova pesquisa do Ibope.

A ideia é que a petista se posicione como gestora, que tem a vantagem de dominar os assuntos do governo. A única possibilidade de duelo, dizem petistas, é se Marina tomar a iniciativa e for para o ataque contra Dilma.

Ainda assim, a petista foi orientada a apenas rebater as críticas, como fez no domingo (24), quando classificou como "temerária" uma fala de Marina segundo a qual o país não precisa de uma "gerente" para governar.

Mas os próprios auxiliares da petista avaliam que a tática ofensiva não combina com o perfil de Marina, por isso consideram remota a chance disso ocorrer nesta terça.

Desde que Marina foi anunciada candidata, após a morte de Eduardo Campos (PSB) em um acidente aéreo no dia 13, as campanhas petista e tucana estão sob tensão. O PT possui levantamentos internos que mostram Marina já à frente de Dilma em um eventual segundo turno.

FORA DO JOGO

Segundo integrantes da campanha do PSDB, Aécio tentará pressionar as duas adversárias para não parecer "fora do jogo" a 40 dias do primeiro turno e num momento em que o próprio partido avalia que ele aparecerá em terceiro lugar nas próximas pesquisas eleitorais.

A estratégia do mineiro é buscar enfatizar sua trajetória: apresentar-se ao eleitor --ele é o candidato mais desconhecido entre os três principais postulantes-- e, ao mesmo tempo, parecer mais preparado para o posto do que a adversária do PSB.

Os tucanos acreditam que esse é um flanco a ser explorado na tentativa de "desmistificar" a candidatura de Marina. Tanto que, nos últimos dias, Aécio tem se apresentado como "a mudança segura" e o candidato "com o melhor time" para colocar o "país no rumo certo".

Até a entrada de Marina na disputa, Dilma vinha sendo o alvo preferencial de Aécio. No debate, ele deve fazer críticas à inflação, ao inchaço da máquina pública e à administração da Petrobras.

Segundo assessores, Marina se apresentará, assim como fez em 2010, como alternativa à polarização entre PT e PSDB. A ideia é não partir para o ataque aos adversários e mostrar-se como herdeira do legado de Campos.

Segundo integrantes da campanha do PSB, a candidata ao Palácio do Planalto chega com vantagem ao primeiro debate entre os presidenciáveis. A avaliação é de que os principais candidatos não farão ataques agressivos diretos a Marina.


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